sexta-feira, agosto 31, 2007
Um sucesso e uma piada legal
Quando pesquisamos Japão, uma banda de rock ficou levemente apagada frente às escolhas. Merecendo apenas ser música de fundo do quinto dia de Japão, a banda "Cool Joke" parecia fadada ao esquecimento.

Formada em 2001, a banda era composta por 4 garotos de Fukui, um estado do japão ao sul de tókio. Trabalhando de forma independente até 2004, a grande chance veio ao fazer a trilha sonora do anime Fullmetal Alchemist com a música Undo.

A fama chegou e os garotos de Fukui assinaram com a Sony. Desde então, são 3 anos sem absolutamente nada de expressivo. Participações em algumas coletâneas e os shows organizados pela Sony é o que mantém a banda na atividade até hoje.

Em 2006, O baixista Kenta Hayashi deixou a banda.... Talvez procurando por oportunidades de fazer algo diferente. Para conhecer o som da banda, abaixo vai o clipe da música de maior sucesso do Cool joke, Undo.

 
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quarta-feira, agosto 29, 2007
Onde estás (Twarres)
Seguindo a tradição recente de postar traduções dos últimos artistas que meus colegas de Invasões levantaram, temos hoje a tradução da música Wêr Bisto, a mais conhecida da banda Twarres, cantada em frísio. Aproveito para alertar o Capixaba para não esperar muito da nova fase do Twarres, mesmo na fase Sandy & Sênior. É que a imensa maioria das músicas do Twarres é em inglês, como She Couldn't Laugh, Children e We're alone, e no novo CD a situação não deve mudar muito. Vamos torcer que venham mais músicas em frísio, ou mesmo em holandês, o que já estaria ótimo.

Doe't ik dy seach lang ferlyn - Faz muito tempo que te vi
wat docht it dochs sear, as ik d'r wer oan tink - Como dói tanto quando penso em ti de novo
Ik sjoch dy, ik hear dy, ik fiel dy eltse kear opnij - Vejo-te, ouço-te, sinto-repetidas vezes

Hjir bin ik, wêr bisto - Aqui estou eu, onde estás?
It is al lang lyn - Já faz tanto tempo
Hjir bin ik, wêr bisto - Aqui estou eu, onde estás?
It is te lang lyn - Faz tempo demais

Do bist net oars dan leaf - Não eres nada além de doce
Want do dochst gewoan neat ferkeard - Porque nada fazes de errado
Ik hold fan dy, so asto bis - Amo-te como és
Datst dat dan wol efkes witst - Podes ter certeza disto
 
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Hermanos
O isolamento do Brasil em relação aos seus vizinhos latino-americanos é um tema recorrente nas diversas mídias do Invasões Bárbaras. O fato é que o restante da América Latina tem grande afinidade musical, intercâmbio constante de canções e artistas. Da Argentina ao México as paradas de sucesso contém muitas semelhanças, e raramente incluem algum representante brasileiro.

Mesmo assim esse intercâmbio acontece. Um bom exemplo é o Paralamas do Sucesso, que é bem conhecido na Argentina. No fim de semana que acabou de passar, os brasileiros se apresentaram junto com a banda Los Pericos, em Buenos Aires, e foram destaque em vários cadernos de cultura.

A relação entre os dois grupos já é bem antiga. Em 89, Hebert Vianna produziu King Kong, segundo álbum dos argentinos. Em 96 os Paralamas gravaram "Lourinha Bombril", uma versão de "Parate y mira", dos Pericos. Curiosamente essa é a primeira vez que as duas bandas realizam uma apresentação juntas.

Confira aqui a música original:

 
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segunda-feira, agosto 27, 2007
Programação
A Turquia passou uma rasteira na Holanda e é nossa pílula da vez na UFMG Educativa. Semana que vem, se tudo der certo, começamos uma seqüência de programas inéditos.

Quanto ao blog, vamos ser diretos:

Terça: Tiago Capixaba

Quarta: Igor Costoli

Quinta: Hidson Guimarães

Sexta: Vetrô Gomes

Ciao!!
 
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domingo, agosto 26, 2007
Sandy e Sênior

A Holanda também tinha clones de Sandy e Júnior e por lá eles também resolveram dar um tempo. Johan van der Veen e Mirjam Timmer, ainda adolescentes (foto ao lado), formavam a dupla Twarres. Eles fizeram sucesso cantando em frísio, idioma compartilhado por cerca de meio milhão de pessoas de etnia frísia, que se espalham pela Alemanha e também pela Holanda.

O último concerto de Johan e Mirjam aconteceu em 2003 e foi aqui que a cabeça do limitado produtor que vos escreve começou a entrar em parafuso. O sítio oficial da banda (www.twarres.eu)(foto abaixo) mostra uma Mirjam mais velha e gordinha acompanhada de um outro homem, com cara de tiozão, que com absoluta certeza não era Johan.

E é aí que nosso mega produtor, que segundo consta está habilitado “à leitura e coleta de informações afins ao escopo do programa nos idiomas inglês, espanhol, francês, italiano, catalão, sueco, norueguês, alemão, holandês e romeno” entra em cena. Hidson Guimarães, a lenda, faficheiro e amante dos costumes holandeses.


- Tiago Capixaba diz:
no site tem outro cara, mais velho

- A Holanda é uma imensa Fafich diz:
Twarres gaat verder met een nieuwe zanger; Auke Busman

- A Holanda é uma imensa Fafich diz:
Twarres retorna com um novo cantor: Auke Busman

Sim, caros leitores. Johan sai de cena e em 2007 a banda/dupla Twarres está de volta, não mais com cara de Sandy e Júnior. E de repente eu percebo que holandês nem é tão difícil assim e sou capaz de dizer para vocês que o tal Busman era vocalista e guitarrista da banda Groev. Um cd deve ser lançado no fim do ano e nós estaremos preparados para trazê-lo em primeira mão para vocês. Espero que tenham gostado da rosquinha.

Até a próxima...
 
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sexta-feira, agosto 24, 2007
No donut for you
Uma exceção fatal ocorreu no texto da banda/dupla Twarres. O aplicativo atual será fechado até que os problemas sejam resolvidos.
 
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quinta-feira, agosto 23, 2007
O Tigre e o Bêbado
Era uma vez dois rappers. Um se chamava Tiger Jk (Jung-kwon Suh ou 서정권) e o outro Dj Shine (Byung-ook Lim ou 임병욱). Num belo dia, eles se encontraram num festival de hip hop, nos Estados Unidos. Os dois tinham um ideal: acabar com os preconceitos contra os coreanos através da música e, por isso, resolveram se juntar para fazer som. Isso em 1997.

Nos Estados Unidos, nada aconteceu. Então eles se mudaram de volta para a Coréia. Durante um ano, o Tigre Bêbado rondou os porões coreanos, sempre espreitando um público jovem e rebelde, até que uma grande gravadora o encontrou e tentou colocá-lo no zoológico.

Esse Zoológico era cheio de espécimes parecidos. Bandas pops que usavam maquiagem, faziam coreografias e vestiam roupas que combinavam. Ao ver o que o esperava, o Tigre tomou umas e outras e resolveu se rebelar.

Com uma atitude punk e um som hip hop, o Drunken tiger iniciou um movimento na Coréia do Sul que tem seguidores até hoje: "A atitude anti-pop". Com o Hit: "Do you guys know hip hop?", eles apresentaram uma alternativa e sucesso eles fizeram. Durante 6 anos, tudo correu bem, até que O Dj shine saiu, deixando apenas Tiger Jk a frente da banda.

Os motivos do afastamento: pessoais. Ambos seguem com suas vidas, Tiger com o Tigre e Shine com o solo. Um caso que vale a pena mencionar é que o Tigre, certa vez, tomou um porre tão grande, que fez uma versão em hip hop e em coreano da música Human Nature, do Michael Jackson.

Causos à parte, vamos conferir o clipe do primeiro hit do Drunken tiger: "Do you Guys know hip hop?"



* Esse texto foi escrito sob influência etílica.
 
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quarta-feira, agosto 22, 2007
Jesse & Joy
Agora é a vez da dupla a la Sandy & Junior do México. Jesse & Joy também são irmãos, e são naturais do próprio Distrito Federal. O Jesse tem 24 anos, e a Joy, 21. Ambos são cantores e compositores.

A estréia da dupla foi num show no projeto Teletón do México (sim, o Chaves não é nem 1% do que o SBT compra de lá). Em 2006 já teve prêmio artista-revelação pelo primeiro álbum. Os singles deste álbum, Espacio Sideral e Ya no quiero, emplacaram e a dupla é sucesso de público e crítica.

O som de Jesse & Joy é simples, descompromissado, despretensioso e, talvez mesmo por isto, cativante. Além dos singles acima, Volveré também é bastante agradável e não causa nenhuma estranheza logo na primeira execução. O vocal de Joy é bonito, dentro do padrão do pop-rock latino. Às vezes lembra Sandy, em outras a colombiana Shakira. Mas nada tão único que nem a conterrânea Julieta Venegas. Jesse & Joy é isto: se não é nada que tenha sido feito para derrubar o Império, não deixa de fortalecer e dar ânimo e alegria ao Mundo Bárbaro.
 
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Lift & Osso
Vetrô está certo. Achar informação sobre o duo tailandês Lift Oil é um trabalho bastante penoso pra pouca recompensa. Ao menos em caracteres ocidentais é bem complicado achar material sobre os dois. Em compensação, encontrar suas músicas é facílimo.

Supoj Juncharoen (vulgo Lift) e Thana Suthikamorn (vulgo Oil) são também atores, ambos com passagens pelo cinema e tv. Em 2001 lançam seus primeiros trabalhos, The Celebration, em janeiro, e Play Boys, em julho. À sua mini-discografia, junta-se Deer-Taa-2, de 2002.

A falta de informações e a distância desde o último cd poderia até mesmo indicar aquelas "pausas" que bandas costumam dar por tempo indeterminado, mas não é recomendado chegar a essa conclusão. O Lift-Oil (provavelmente a forma correta do nome) ainda é um grande sucesso comercial na Ásia, com seu pop dançante e a coreografia de seus clipes.

Sobre os clipes, algo interessante é que sempre tem a participação de alguma atriz gatinha. Abaixo, a estrela é Sara Lex, no clipe da música der tae too, que tocamos no rádio quando passeamos pelo país.



 
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segunda-feira, agosto 20, 2007
Cronograma Invasões Bárbaras
Sim, agora temos br. O Domínio www.invasoesbarbaras.com.br está registrado e em breve irá redirecionar para nosso querido blog. Enquanto isso não acontece, aproveite a semana especial duplas aqui no invasoes:

Terça: Igor Costoli acha que conhece algo da Tailândia e fala sobre a dupla Lift & Oil

Quarta: Hidson Guimarães fala sobre a dupla mexicana Jesse e Joy. Só uma pergunta: É sertaneja?

Quinta: Vetrô Gomes fala de hip hop, mais precisamente da dupla Drunken Tiger.

Sexta: Tiago Capixaba fala do Sandy e Júnior holandês, Twarres.
 
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domingo, agosto 19, 2007
invasoresbarbaros.blogspot
Amigo leitor, é possível que nos próximos dias tenhamos alguns problemas com o endereço normal do site. Para tanto, não tema: o seu Invasões Bárbaras permanecerá normalmente no ar, bastando para isso que você faça uso do endereço www.invasoresbarbaros.blogspot.com em caso de não conexão a partir do nosso habitual endereço.com.

Supomos que os problemas, se vierem mesmo a ocorrer, devem durar cerca de 07 dias. Depois de não mais que esta uma semana, o nosso velho e querido www.invasoesbarbaras.com estará restaurado novamente.

É um pequeno inconveniente, mas agradecemos aos leitores pelo prestígio e afirmamos: mais fácil derrubarmos o império que sermos derrubados por ele.

Em caso de emergência, já sabe: www.invasoresbarbaros.blogspot.com
 
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sexta-feira, agosto 17, 2007
Coração dividido
Dados de 2006 indicam que aproximadamente 3 milhões de brasileiros vivem no exterior. Um grande número de pessoas, com histórias diferentes e motivações distintas para deixar o país. Maria Inês Cardoso faz parte dessa legião brazuca. Casada com um colombiano, a paulista de Junquierópolis passou cerca de dez dos seus 39 anos vivendo em Bogotá.

O coração está dividido, como ela própria revela. Antes de se estabelecer definitivamente em Bogotá sua trajetória já passou por algumas idas e vindas. Os primeiros quatro anos em território colombiano foram interrompidos por um período de quase cinco em São Paulo. Mas, desde a primeira visita, a capital da Colômbia despertou sentimentos profundos em Inês.

"Naquela época a cidade não era tão bonita, tão linda como agora. Ela mudou muito. Mas eu gostei de tudo, do bonito e do feio. Foi amor de verdade. Não sei dizer exatamente o que foi que eu mais gostei, só sei dizer que eu queria viver aqui"

As palavras já trazem algumas marcas da distância. Um português com alguns elementos recorrentes de espanhol. Uma mescla que, no entanto, não afeta alguns sentimentos e palavras bem familiares... "saudade" é uma delas.

"Morro de saudades do Brasil, da minha cidade, da minha família. A comida, minha casa, meus irmãos. O cheiro do Brasil, o cheiro dos supermercados, das ruas, dos bares, das pessoas, das casas... me faz muita falta... muita"

Quando o assunto é a música brasileira a situação é um pouco diferente.

"A maioria das músicas do Brasil não posso escutar, porque me deprimo muito. A música me toca fundo, até choro. Não sei a explicação."

Nenhuma saudade? Talvez a resposta seja: saudade demais. Quando o assunto é a música colombiana, Maria Inês tem alguns preferidos. Ela lembra dos grandes ícones musicais do país, Shakira, Juanes... mas revela que o que mais a toca são as bandas de Vallenato, música popular, uma sonoridade que traz para a brasileira lembranças de sua cidade natal.

"Aqui existem vários grupos de musica vallenata. O estilo se parece com o forró. É com acordéon, sanfona. E eu adoro. É a música mais popular, mas eu gosto. Me lembra minha cidade... as feiras de gado"
 
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quarta-feira, agosto 15, 2007
Segunda parte
Conforme prometido na semana passada, aqui está a segunda parte de There she is!



A música é da banda Bulldog Mansion e se chama Happy Birthday to me.
 
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terça-feira, agosto 14, 2007
Witches - Ddeotda Geunyeo
Conforme prometi, aqui vai a tradução da música-tema do primeiro episódio de "There she is". Vetrô, se me permiti, eu também tenho que fazer uma correção. O nome da música de fato é "Ddeotda Geunyeo", essa palavra "Ddduata" não existe em coreano, deve ter sido alguma transcrição mal-feita pro alfabeto latino. Mas vamos lá:

Agradeço a noir, da Coréia do Sul, e parousia, dos EUA, pela tradução para o inglês.

어느날 내 곁을 떠나버린 그녀가 나에게 와서 용서를 구하며 비네
- eo-nu-nal nae gyeot-eul ddeo-na-beo-rin geu-nyeo-ga na-e-ge wa-seo yong-seo-reul gu-ha-myeo bi-nae
Um dia, a garota que me deixou retorna e pede desculpas

여기저기 난데없이 헤매이다 나에게 와서 눈물을 흘리고 있네
- yeo-gi-jeo-gi nan-de-eob-ssi hae-me-i-da na-e-ge wa-seo nun-mu-reul heul-li-go it-ne
Depois de perambular por aí, ela volta para mim, derramando lágrimas

워워 워워
- wo wo wo wo
ô ô ô ô

망설일 필요없지 그녀를 받아줘야지
- mang-seo-ril pi-ryo-eob-jji geu-nyeo-reul ba-da-jwo-ya-ji
Não há por que hesitar, eu tenho que aceitá-la de volta

애타게 너무나 애타게 기다려왔던 그녀가 내게로 왔네
- ae-ta-ge neo-mu-na ae-ta-ge gi-da-ryeo-wat-teon geu-nyeo-ga nae-ge-ro wat-ne
A garota por quem eu tanto esperei voltou para mim

좋아 좋아 니가 와서 좋아 너무나도 기다렸던 니가와서 좋아
- jo-a jo-a ni-ga wa-seo jo-a neo-mu-na-do gi-da-ryeot-teon ni-ga wa-seo jo-a
Eu adoro, eu adoro que você tenha voltado, depois de eu ter esperado tanto tempo

왔어 왔어 그녀 내게 왔어 너무나도 기다렸던 그녀 내게왔어
- wat-sseo wat-sseo geu-nyeo nae-ge wat-sseo neo-mu-na-do gi-da-ryeot-teon geu-nyeo nae-ge wat-sseo
Ela voltou, ela voltou, a garota por quem eu tanto esperei voltou

보고 싶어서.. 안고 싶어서.. 그녀 나를 그리워서 다시 왔나
- bo-go si-peo-seo an-go si-peo-seo geu-nyeo na-reul geu-ri-wo-seo da-si wat-na
Não vejo a hora de vê-la, de abraçá-la, será que ela voltou porque sentiu minha falta?
 
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segunda-feira, agosto 13, 2007
Cronograma Invasões Bárbaras
é só eu deixar de postar uma semana que todo mundo dorme. Para evitar isso, essa semana temos cronograma, e ele será cumprido:

Terça: Hidson Guimarães diz que seu post desta semana é uma surpresa para mim e para os fãs das minhas bandas. Será que ele vai cumprir a promessa?

Quarta: Vetrô Gomes posta a segunda parte de "there she is!", uma das melhores animações que a Coréia do Sul já produziu...

Quinta: Tiago Capixaba lembra que é jornalista e faz uma matéria com uma brasileira que mora na Colômbia.

Sexta: Agora que o pior já passou, Igor Costoli escreve mais uma vez. E todos esperam que seja um texto maior...
 
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quarta-feira, agosto 08, 2007
Folclórico turbinado
Turbo-folk. Um nome que surgiu como uma brincadeira e a união de duas palavras um tanto conflitantes: turbo e folk. Modernidade somada ao antigo e folclórico, um termo cunhado para designar um ritmo nascido na Sérvia. O seu autor, um tal de Rambo, fez questão de dizer que se arrependeu um pouco do filho que criou.

O rótulo Turbo-folk precisou de alguns anos para grudar. Alguns sucessos na década de 90 marcam o nascimento do ritmo. Antes disso já existiam canções identificadas como música folclórica comercial e na prática fica difícil estabelecer o seu início exato. A sonoridade se assemelha ao pop ocidental, mas é fruto de uma grande mistura que inclui influências de outros ritmos do leste europeu, além de elementos românicos, gregos, turcos e música eletrônica. Se bem que para os ouvidos brasileiros o estilo se parece mesmo com o Calypso.

O Turbo-folk recebe criticas que vem de vários lados. Muitos reclamam da valorização do corpo e erotização presente nas letras e na postura dos próprios cantores. Outros destacam também a apologia à violência. Elementos que podem ser facilmente encontrados em outras vertentes musicais como por exemplo o rap norte-americano.

Mas a polêmica mais séria envolvendo o ritmo está relacionada à política. A cantora Ceca (foto), um dos grandes nomes do Turbo-folk, foi casada com Arkan, líder paramilitar sérvio acusado de inumeros crimes durante a guerra que varreu a antiga Iugoslavia na década de 90. A verdade é que o ritmo permanece popular até hoje.


Com o apoio da Pink TV, emissora local, o Turbofolk cresceu. Mas para a esquerda do país o ritmo além de ser considerado vulgar e de mau gosto carregava também a ideologia do nacionalismo sérvio. Muitas suspeitas em torno de um possível favorecimento dos artistas do Turbofolk durante o governo Milosevic foram levantados. Bem, o fato que é o Turbo-folk segue bem popular não só na Sérvia, mas também nos outros países que formavam a antiga Iugoslávia.
 
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terça-feira, agosto 07, 2007
Pra eu e todo mundo cantar junto...
Há muito tempo atrás, no post Hallyu Você, eu falei um pouco sobre a Onda Coreana. Fenômeno cultural que assolou a Ásia na década de 90, consistia na exportação de produtos culturais coreanos para os vizinhos.

Como sou entusiasta de tal movimento, estou importando e apresentando a animação "There she is!" para cá. Abaixo vai a primeira parte dessa história de uma coelha que se apaixona por um gato.



O som é da banda coreana Witches e a música se chama Dduatta. Como eu sou legal, clique aqui para ver a letra e cantar junto. Na semana que vem, a parte 2 dessa saga.
 
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sexta-feira, agosto 03, 2007
O Rei está de Volta!

2004 definitivamente não foi um ano muito bom. Além do tsunami, do início da guerra do Iraque e outras amenidades do tipo, esse foi o ano em que Daler Mehndi sumiu do cenário musical mundial.

Depois de virar um fenômeno da internet com o clipe Tunak Tunak Tun, de 1998, Daler lançou ainda quatro cds que não chegaram aos pés dessa obra prima. No fatídico ano de 2004, Daler foi acusado de levar imigrantes ilegais para o Canadá, dizendo que eles eram músicos. Esse mal entendido foi logo resolvido, mas o Rei do Bhangra declarou que estava um pouco cansado e que iria dar um tempo.

Muitos pensaram que esse seria o fim da carreira de Daler Mehndi, mas todos se enganaram. Quando ele estava quase esquecido por todos, a notícia aparece: Raula pai Gaya (O Rei está de volta, 2007) chega de surpresa às lojas. E, consequentemente, aos ouvidos dos Invasores.

O disco segue a linha de Tunak Tunak Tun, é o bhangra em sua forma mais tradicional, mas mesclado a elementos eletrônicos. O primeiro minuto de Namoh Namoh, faixa que abre o cd, nos faz lembrar da introdução de Tunak Tunak Tun, mas as semelhanças param por aí.


O disco apresenta músicas com tanta fusão, que o som de Daler começa a perder um pouco da sua originalidade e começa a socar como outras bandas de bhangra moderno como o B21 ou Abrar Ul Haq. Os melhores exemplos disso estão nas faixas Aaja Nach Le, Koi Dheere Dheere e Gora Gora.

Apesar da fusão, a marca registrada de Daler Mehndi também está presente, a levada mais clássica do Bhangra fica por conta de faixas como Miss Call e Wanna Marry you, que mesmo com título em inglês, são cantadas em punjabi. Para encerrar, deixo vocês com o mais novo clipe do cara que parece comigo, Raula pai gaya.


 
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quinta-feira, agosto 02, 2007
O problemão colombiano
Antes de discorrer sobre o grupo, deixo claro que o rótulo "axé colombiano" foi trabalho do Capixaba, quando estava pesquisando a Colômbia para a semana deste país nas pílulas do Invasões. É sabido que o movimento musical baiano que passou a ser conhecido pela alcunha de "axé music" bebeu em várias fontes musicais, como a percussão africana, a guitarra do rock, a levada do reggae e o cromatismo dos ritmos da América do Sul e Caribe. Portanto, o que temos não é o caso de uma mistura colombiana que acabou resultando em algo parecido com axé; pelo contrário, é o axé que muitas vezes vai beber na fonte dos ritmos colombianos. Se o leitor tem curiosidade em conhecer uma música do Invasões que efetivamente surgiu do trabalho de pesquisa de um estrangeiro que veio ao Brasil e pesquisou os ritmos da Bahia, aguarde o post sobre um certo artista sueco.

Agora, ao Bonka. A banda surgiu de uma proposta musical descompromissada de jovens estudantes de Bogotá, que acabou virando uma sensação à medida em que estes garotos iam vencendo mais e mais festivais por onde passavam. O estilo é na verdade uma fusão, que inclui os principais ritmos dançantes locais. Assim como já explanou Tiago Capixaba, a música da Colômbia possui mais afinidade com a do Caribe do que com a dos países do Cone Sul. Os próprios integrantes dizem que fazem música para que seu público rumbee. "Rumbear", na gíria colombiana, é festejar, sair para festas. Um equivalente de dizermos "ir ao rock", ou "ir ao reggae".

A banda começou fazendo covers de artistas latinos famosos, como Diego Torres, da Argentina. A ascensão não demorou muito. Em 2004 venceram o concurso Hard Rock Café de Bogotá de melhor banda de colégio. Daí para tocarem em outros grandes eventos da música foi um caminho natural. Em 2006, lançaram "El problemón", a canção carinhosamente apelidada de "axé", da qual falávamos. A letra é bem no estilo trava-línguas: "De que me sirve, ay que me quiera, esa persona que no quiero que me quiera, si la que quiero, ay, que me quiera, no me quiere como quiero que me quiera". Este single chegou ao topo das canções mais executadas nas rádios. Estava irremediavelmente alcançado o posto de Bonka ao lado de grandes nomes da música latina como Sanalejo e Cabas. A evolução musical dos garotos ocorre a cada novo disco lançado, e não tiveram dificuldade em emplacar outros hits nas rádios e nos agitos colombianos, sempre falando de apuros e casos curiosos da vida jovem com leveza e irreverência.
 
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quarta-feira, agosto 01, 2007
Parceiros e Projetos
Como foi anunciado na semana passada, estive invadindo o Vale do Jequitinhonha. Essa viagem, inicialmente, era para fazer a cobertura do Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha, o Festivale, mas se tornou algo diferente.

Parte da equipe de cobertura radiofônica era composta por cinco moradores da região que estão envolvidos com uma ou outra rádio. Dentre eles, posso falar que me tornei amigo do Daniel Medrado, da Rádio Bom Jesus FM.

A Rádio é comunitária, tem vínculos com a igreja católica e emite seus sinais até as 22 horas. A programação é variada, tendo seu "horário jovem", comandado por Daniel. Entre as conversas que tivemos, o assunto "Invasões Bárbaras" surgiu. Após falar da nossa proposta, Daniel gostou da idéia e a comprou.

Por isso, anuncio oficialmente a Parceria entre o Programa Invasões Bárbaras e a Rádio Bom Jesus FM de Joaíma, transmitida na freqüência 106,9. Uma via de mão dupla que, com certeza, nos renderá bons frutos.

E aguardem, pois novas parcerias estão prestes a se confirmar.
 
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Love Story
Uma história que pode acontecer com qualquer um. O casal conversa dentro do carro:

- Olha amor, lembra daquela boate?
- Claro, que me lembro. Foi onde nos conhecemos, e onde tudo começou.
- Ai, que saudade daquele tempo. Eu lembro a roupa que eu estava usando.
- Eu me lembro também.
- Jura? Lembra da sua roupa?
- Da minha não, mas lembro da sua. Você estava de micro-short e uma blusa preta de alcinha. Usava aquele seu tênis de solado baixo e seu cabelo era bem mais curto.
- E eu me lembro da sua, sim. Você estava com aquela camisa verde horrorosa...
- Ei, eu adoro aquela camisa! E você sempre disse que ela era legal!
- Ela FOI legal, amor. Há 4 anos. Hoje ela está toda surrada e não tem nada a ver você continuar saindo com ela... e eu estava alegrinha, já tinha bebido um cuba...

- Na hora que eu te encontrei você estava com uma caipivodka.
- Isso. Nossa, eu tomei caipivodka...
- ... e dançava loucamente. Eu lembro de você fazer aquele passinho louco...
- Pode parar!

- Ah, nem vem! Tava dançando e fazendo aquele passinho. Quase caiu no emo magrelo que tava dançando do teu lado.
- Ai, que vergonha. Aliás, emo tava tão na moda aquela época...
- E engraçado que não tinha quase nenhum naquela festa, só esse que você quase derrubou. Aliás, tinham pessoas tão diferentes naquela noite... acho que nunca vi um público tão heterogêneo naquele lugar.
- Agora que você falou... sabe que eu até tive essa impressão também? O que foi bom, né? Não fosse assim, a gente nem tinha se esbarrado...
- Eu lembro até hoje a cantada que eu usei...
- Ah, e tinha como não lembrar? Eu rio só de pensar naquilo. De onde você tirou aquela frase manjada? Pior: de onde você tirou que ia conseguir alguma coisa naquela noite usando aquela cantada barata?
- Você riu, não riu?
- Não mude de assunto. Se eu estivesse normal, acho que tinha saído correndo...
- Que bom que não saiu, né?
- Hihihi...
- Hehe...

- Ai ai... a música que tocou na hora que a gente se beijou... lembra?
- ...
- Lembra, amor?
- Lembro. Quer dizer, eu lembro do ritmo, mas não sei ao certo qual era. Era uma do Franz...
- Tá louco? Franz tocou hora que você chegou em mim e não rolou mais.
- Ah, é... ah, mas a música tinha uma levada mais... mais...
- Voce está tentando me enrolar...
- Não, a música era uma coisa mais forte, um som mais incorpado. Era electro, não era?
- Nada a ver, amor! Era quase hip hop.
- Hip Hop? Não, eu podia jurar que era algo do Franz, ou do Artic Monkeys, ou... sei lá.
- Era hip hop. E tinha aquele refrão legal...

- É mesmo.
- Não precisa fingir que se lembrou...
- Mas eu lembro. Claro que não era Franz...
- Qual o nome daquela banda que canta em espanhol?
- Quê?
- Aquela que você gostava!
- Mas aquilo não era espanhol!
- É óbvio que era espanhol! Não era inglês!
- E desde quando inglês e espanhol são os...
- Ai, você entendeu! Era latino, tenho certeza!
- Mas não era espanhol, eu teria reconhecido. Devia ser algo africano...
- Ai, ai...

Silêncio.

- Escuta, e por acaso você se lembra o que era?

Moral da história: se você ouve o Invasões Bárbaras, isso não acontece com você.
 
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