segunda-feira, julho 30, 2007
Cronograma Invasões Bárbaras
Estou de volta, assumindo as rédeas do cronograma e distribuindo folgas para ajudar a quem precisa.

Terça: Igor Costoli até que precisa de folga, mas para compensar a quantidade de teasers, ele trabalha escrevendo uma ficção.

Quarta: Invadir o Jequitinhonha foi tão proveitoso que rendeu até um texto para o Blog. Vetrô Gomes chega do vale e fala de suas peripécias em joaíma

Quinta: Hidson Guimarães, micareteiro que só ele, escreve sobre a banda Bonka, os legítimos representantes do Axé Colombiano.

Sexta: O Rei está de volta!!! Daler Mehndi lança Raula Pai Gaya e ninguém melhor que Vetrô Gomes para ouvir e resenhá-lo para você.

Um abraço a todos e até quarta.
 
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sexta-feira, julho 27, 2007
pressões e impressões
Uma semana depois, é mais fácil chegar a algumas conclusões. Foi uma boa festa, e uma ótima experiência. Os erros, então, são os melhores professores.

Difícil fazer uma festa para vários públicos e, como disse o Capixaba, parece que todos foram à festa de sexta. A Up! certamente vai demorar a ver outra festa tão heterogênea. Por alto, podemos dizer que haviam pelo menos 4 grupos muito distintos mais um Gésio ouvindo as mesmas músicas. E não foi fácil agradar a todos. Aliás, foi impossível agradar a todos.

Em algum momento, alguém estava estrahando o que estava acontecendo. O público da casa não sabia o que estava ouvindo. Alguns acharam bom, outros não. Tentamos contornar a situação, tínhamos uma espécie de plano B, um set seguro ao qual podíamos apelar se a festa fugisse de nossas mãos.

O interessante, é que segurar um público que ameaçou sair significou, necessariamente, causar estranhamento as pessoas que foram ouvir as nossas músicas. O que foi muito bom pra nós, saber que temos muita gente querendo ouvir o nosso material e indo à nossa festa por ele. E nesse "impasse", quem se deu bem foi a galera que apareceu pra dançar.

Um set com portos seguros e canções ousadas fez a alegria dos que se animaram em frente à mesa de som. Taxi se deu muito bem, Pidzama Porno e Miranda bombaram, entre outros sucessos. Mas quem roubou a cena, mais até do que esperávamos, foi o Da Weasel. Isso nos diz muito, e nos dá o que pensar sobre nossos próximos passos.

Sobre os novos passos, estes também, vocês não perdem por esperar...
 
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quinta-feira, julho 26, 2007
Noite Branca
Aqui está a tradução de Nuit Blanche, da banda belga "Vive la fête", canção que bombou na nossa última festa, executada pelo Dj Dingó. A letra está bem dentro do espírito e do estilo da banda.


Hier soir c'était une fête, c'était tellement fantastique
Ontem à noite teve uma festa, foi fantástica de um jeito
Maintenant pour être honnête c'est dur pour la physique
Agora, para ser honesta, é difícil para o físico
J'ai toujours le problème, je ne veux jamais arrêter
Tenho sempre o problema de não querer parar nunca
C'est magnifique quand-même surtout pendant l'été
É magnífico assim mesmo, principalmente durante o verão

On a beaucoup de fêtes avec des invités
A gente tem muitas festas com convidados
Ils ne pensent jamais "arrètes!", ils veulent toujours continuer
Eles nunca pensam em parar, eles querem sempre continuar
Après c'est tellement grave, les gens le regretter
Depois é bastante grave, as pessoas não se arrependem
C'est comme les marécages, lentement t'vas avancer
É como os pântanos, lentamente se avança

Tous les jour des fêtes!
Festa todo dia!
Oui, c'est excentrique
Sim, isto é excêntrico
Je dis 'Vive La Fête'!
Eu digo "Viva A Festa!
Pour être héroïque
Para ser heróico

Mais qu'est-ce que nous faisons? Tout le monde est fatigué
Mas o que é que estamos fazendo? Todo o mundo está cansado
C'etait très amusant et les gens, ils veulent rester
Foi muito divertido, e as pessoas, elas querem descansar
Ils n'aiment pas le potage, ils n'aiment pas le café
Elas não gostam de sopa, elas não gostam de café
Ils ne pensent jamais "arrètes!", ils veulent toujours continuer
Elas nunca pensam em parar, elas querem sempre continuar
Après c'est tellement grave les gens le regretter
Depois é bastante grave, as pessoas não se arrependem
C'est comme les marécages, lentement t'vas avancer
É como os pântanos, lentamente se avança

Et moi j'ai pris ma tête dans mes mains, et j'ai pensé
E eu segurei a cabeça com as mãos e pensei
Pourquoi j'ai fait cette fête pour toutes des invitées
Porque eu fui fazer esta festa para todos os convidados?

Tous les jour des fêtes!
Festa todo dia!
Oui, c'est excentrique
Sim, isto é excêntrico
Je dis 'Vive La Fête'!
Eu digo "Viva A Festa!"
Pour être héroïque
Para ser heróico

 
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quarta-feira, julho 25, 2007
maNgá.tr
A banda turca maNga tem mesmo este nome por causa das conhecidas revistas em quadrinhos japonesas. Ao transcreverem o termo da escrita japonesa para a sua própria, os turcos não precisam pôr acento no último "a" porque em turco (assim como em francês, por exemplo) via de regra a sílaba tônica das palavras é a última. Portanto, ficou comprovado que o nome da banda não tem nada a ver com uma fruta tropical muito apreciada.

A exemplo de tantas outras bandas que já passaram pelo Invasões, como a alemã Nachlader e a mexicana Plastilina Mosh, maNga também colocou uma música na trilha sonora dos jogos da série Fifa. Foi em 2006, e a música foi Bir Kadın Çizeceksin. O clipe conta com todos os integrantes da banda em versão animada e filmada. Destaque para a mascote, SPA, o alienigenazinho que participa de todos os clipes da banda e está na capa do CD.

O som da banda é o nu metal, estilo de bandas como Limp Bizkit e que faz a
alegria do nosso colega Tiago Capixaba. Consiste numa mescla do metal, grunge e rock alternativo a elementos do funk e do hip-hop. A presença das pick-ups de Efe Yılmaz na sonoridade do maNga é bastante expressiva, tanto assim que o músico possui destaque no clipe de Bir Kadın Çizeceksin. Como não poderia deixar de ser no rock turco, há também elementos da música da região, e como também ocorre com outros artistas, é tudo bem harmonizado com as demais influências ocidentais, num conjunto de bom gosto e produção impecável que confere à música da Turquia uma sonoridade ímpar.
 
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terça-feira, julho 24, 2007
Bom também
Destaque para as múltiplas facetas de um público que parecia indecifrável. Talvez em poucas oportunidades a casa tenha recebido pessoas tão diferentes em uma única noite. Começando pelos próprios DJS, chegando ao público da UP, sem é claro passar pelas várias tonalidades dos nossos convidados, que foram até lá prestigiar os amigos.

Difícil medir a temperatura da pista com um termômetro só. Para alguns a segurança das canções conhecidas, o ritmo ao qual o corpo já se acostumou. Para outros a vontade de ouvir coisas novas, de perceber as vozes que vão além do que é cantado normalmente.

No fim, acredito que a avaliação foi muito boa.

Até a próxima!


Sexta-feira Costoli fala um pouco das impressões que colheu.
 
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segunda-feira, julho 23, 2007
Cronograma Invasões Bárbaras
Enquanto Vetrô invade o Jequitinhonha, tem gente trabalhando em dobro, e outros que só de estarem trabalhando já é uma surpresa.

Terça: Tiago Capixaba gasta as aulinhas de psicologia social e fala das impressões que colheu durante a primeira festa do Invasões.

Quarta: Hidson Guimarães revira os arquivos e decide falar da banda de nu metal maNga, da Turquia.

Quinta: Ainda não foi desta vez que Hidson Guimarães conseguiu uma letra traduzida de algum país exótico da Ásia, então ele fica pela Europa mesmo.

Sexta: Já que não dá para postar um teaser de algo que já aconteceu, Igor Costoli promete fazer um texto sobre a festa sem repetir a si mesmo e ao Capixaba.


Vetrô, onde quer que você esteja, se estiver nos lendo e quiser escrever, sinta-se à vontade. Se não, bom também.
 
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quinta-feira, julho 19, 2007
Noch mal sex?
É hoje, pessoal! Nossa "primeira" festa "oficial", na Up!. Entrada a R$10, promoção de meia-entrada a R$5 até a 0h. Teremos o Dingó e o Yago tocando hits conhecidos do pop, electro, anos 80, rock e hits. Mas o grande tchan da noite será, realmente, aquela seleção especial de Ásia, África, Europa e Américas.

Nos vemos lá!
 
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quarta-feira, julho 18, 2007
Cavalo louco


Quando escrevi sobre a Banda japonesa Pornograffitti, no texto Nosutarujikku, falei um pouco da sua trajetória e do seu desejo em fazer algo diferente no cenário musical japonês.

Mal sabia eu, naquela época, o que esse desejo iria me apresentar. Ouvindo o novo disco da Banda, M-cabi, vi que o antigo quarteto é agora uma dupla. Das 17 faixas, 4 são usadas para preparar quem está ouvindo para as faixas seguintes através do som, um conceito bem interessante que permite qualquer decidir se quer, ou não, ouvir as próximas faixas. Mas a surpresa veio ao procurar clipes saídos deste cd.

São 4 vídeos promovendo um cd que não tem nem 1 ano. Essa produção excessiva é recorrente quando olhamos artistas do leste asiático. Todos clipes são elaborados e bem feitos, o que mostra que eles não foram feitos às pressas. E tem um desses 4 clipes que chama atenção por sua... falta de noção.

O clipe é da faixa número 2, Haneuma Rider (Jockey de um cavalo louco). A letra, ainda sem tradução completa, fala sobre liberdade, mas o clipe... bem, o clipe precisa ser visto e aí está ele. Tire suas próprias conclusões.


 
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terça-feira, julho 17, 2007
Percalços de uma tradução
Um certo dia tivemos reunião sobre o blog e decidimos que seria interessante também postar letras e traduções das músicas tocadas no Invasões. Assim, nossos ouvintes e leitores poderiam ter acesso à cultura de outros lugares não só pela sonoridade, mas também por uma idéia aproximada do que estes povos dizem sobre o amor, a política e o sentido da vida. Eu particularmente dou muita conta à letra de uma música. Quando é um idioma que eu consigo entender, geralmente é a letra que me deixa mais instigado a ouvir mais, a correr atrás de outras canções da banda, até que aprendo a letra todinha daquela música, e nesta época acabo então meio que enjoando.

A idéia com as traduções era tentar, sempre que possível, fugir do óbvio e do mais acessível. Da primeira vez eu trouxe a tradução de uma música alemã, mas depois fui pro polonês e pro sueco. As duas de língua germânica foram tranqüilas, consegui facilmente. A do polonês deu um trabalhinho, tive de confrontar duas traduções diferentes, ambas de falantes nativos.


A experiência me fez pensar em desafios mais ousados. Concomitantemente, estava com a música Sen Hami kimi deyilsen, da cantora Manana, do Azerbaijão, na cabeça. Esta música tem uma levada pop interessante, com elementos locais. Foi descoberta pelo Vetrô e foi também a primeira a ser tocada no semanal do Invasões.

Não é nada fácil encontrar falantes nativos de azeri por aí. Então consultei minhas fontes que poderiam ajudar: de início um canadense que é vidrado nas línguas do Cáucaso, e que fala turco, língua bem próxima do azeri. Ele me disse que seu nível de azeri não era muito bom, e me adiantou que "Sen hami kimi deyilsen" deveria significar "você não é como os outros". Corri atrás de um búlgaro, que também fala turco. Ele traduziu a primeira parte da música e os resultados foram bem diferentes. Fiquei encucado, deveria procurar outras fontes.

Tentei um turco. O azeri para eles é quase como o português e o espanhol. Mas se ele nunca estudou diretamente o idioma, tropeça em algumas palavras que são essenciais para entender o significado, sobretudo em letra de música, que também é poesia. Ele me deu outra tradução diferente para o título da música, e eu continuei em dúvida. Finalmente encontrei uma falante nativa, direto do Azerbaijão. Ela me adiantou que "Sen hami kimi deyilsen" seria "você não é ninguém", mas a essa altura eu já não sabia mais em quem acreditar. Prometeu a tradução completa, mas queria um presente em troca, que eu lhe enviasse um livro para aprender algum idioma, por exemplo (creio que um livro em PDF resolveria). Conversa não vai, conversa não vem, encontrei-a de novo algumas vezes mas nada de tradução ainda.

Esta pequena história foi mesmo para ilustrar como a vida de invasor bárbaro tem lá seus percalços. Não que esta vá servir de desestímulo; ainda pretendo arrumar traduções para outras músicas destes países pesquisados pelo Vetrô, que têm pouco espaço na mídia ocidental. E vou tentar, também, intercalar com alguma coisa que eu ouvi, entendi e gostei no repertório dos lugares mais familiares. Afinal, o bom disso tudo está mesmo em promover e compartilhar a cultura.
 
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segunda-feira, julho 16, 2007
Cronograma Invasões Bárbaras
Depois da zona completa da semana passada, não sabemos os temas, mas sabemos a ordem:

Terça - Hidson Guimarães

Quarta - Vetrô Gomes

Quinta - Igor Costoli

Sexta - Tiago Capixaba

Vamos ver se dessa vez tudo sai como esperado e todos postam seus textos nos dias certos...

Caso contrário, seremos CO MI DA de leões
 
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Vem aí....

Você não vai perder essa, vai?
 
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sábado, julho 14, 2007
Cheio de Onda

O mar é tema recorrente no cancioneiro, como já demonstrava meu conterrâneo Caimmy. Isto posto, nada mais líquido e certo que seus componentes também estivessem relatados na musica contemporânea, como é o caso em especial da ONDA. No Brasil temos desde a obra-prima de Lulu Santos, Como uma onda no mar, até a eterna abertura de novela de Manoel Carlos, Wave, passando pelos vários usos de "onda" no vernáculo em "tá tirando onda, tá tirando ondinha" e "tirando onda, cheio de marra, achando que eu vou perdoar".

Ao redor do mundo não poderia ser diferente, a começar pela primeira música apresentada pelo Invasões, na semana da Alemanha. Trata-se da canção Perfekte Welle (onda perfeita) da banda Juli, que chegou a deixar de ser executada nas rádios durante a época do Tsunami. Já na Croácia, praia dos italianos, tivemos a Novi Val, desdobramento e tradução local do movimento New Wave que foi responsável pela aparição de várias bandas de rock e seus subgêneros. Ainda no país acima, apesar de a menção à onda não ser explícita, destacamos também a banda de surf rock The Bambi Molesters, que produz sucessos como a versão malagueña presente na abertura da novela brasileira Bang Bang.

Foi a onda também que inspirou o primeiro quadro Conversões em nosso programa semanal, com os versos de Luan e Vanessa "O seu nome eu escrevi na areia, a onda do mar apagou". Na verdade a palavra onda aparece apenas na versão brasileira (que não é da Herbert Ritchers). Nem na original Sealed with a kiss, nem na francesa Derniers baisers, muito menos na alemã Einen sommer lang encontramos menção à onda; já o verão é comum a todas as letras.

E chega de tirar onda por hoje (e ontem).
 
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sexta-feira, julho 13, 2007
Até logo?
Rio de Janeiro, dia 10 de junho. A banda Los Hermanos realiza um show em clima de despedida. Desde então, cada um dos quatro integrantes segue o seu caminho, em um período definido por eles como "recesso por tempo indeterminado". Pausa ou fim? Só o tempo fornecerá as respostas sobre o futuro dos hermanos.



Do outro lado do Atlântico um grupo parece estar nesta mesma sintonia. O Toranja tem uma proposta e um som bem semelhante ao dos brasileiros, semelhanças que aproximaram os músicos e motivaram encontros no palco. O tom melancólico das canções por vezes se confunde, assim como a trajetória que vem sendo construída.

Ao visitarmos o sítio do Toranja (www.toranjanet.com) uma vela se apaga e com ela surge uma carta, um testamento... O testemunho do fim (ou do recesso por tempo indeterminado) de uma banda. Á última apresentação dos portugueses aconteceu no ano passado.

Para finalizar nossa viagem vamos até o México. De lá, também permeada por uma certa familiaridade sonora, está um primo dos irmãos luso-brasileiros, o Café Tacuba (ou Tacvba). Ao me deparar com o som dos tacubos em meados de 2006, também me deparei com uma situação indefinida. Os integrantes do Café tinham dado um tempo.

Agora, apesar da falta de informação do site oficial, e para a minha satisfação pessoal, a banda retomou suas atividades. Um novo álbum deve sair em breve. Talvez um bom presságio, um sinal de que, em breve, brazucas e portugas sigam o mesmo caminho.

Até logo!
 
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Noch mal Sex?
A festa para derrubar o Império!

Dia 20/07 - sexta - 22h
Up! Bar
Avenida Getúlio Vargas, 1423, Savassi
R$10,00


Dj's bárbaros + Dj Dingó + bebidas típicas

As músicas para derrubar o Império, agora acompanhadas de doses para derrubar um desavisado. Você não vai perder essa, vai?
 
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segunda-feira, julho 09, 2007
Cronograma Invasões Bárbaras
Semana passada foi uma zona. Pedidos de demissão e embriaguez impediram alguns de nossos mais fíéis escritores. Mas não tema, essa semana estamos de volta com força total:

Terça: Vetrô Gomes olha para o umbigo e tenta se aventurar por algo que ele ainda tem que decidir. Será que ele conseguirá?

Quarta: Não aeitamos o pedido de demissão de Igor Costoli e ele continua sua série de teasers.

Quinta: Tiago Capixaba está órfão de banda favorita: Toranja, de Portugal; Café Tacvba do México e Los Hermanos acabaram ao mesmo tempo. Por quê, meu Deus, Por quê?!

Sexta: Esta sexta é o dia de Hidson Guimarães tirar onda no blog, falando de bandas dos cinco continentes e dos quatro oceanos.
 
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sexta-feira, julho 06, 2007
A Quarta melhor banda de rock do Azerbaijão

Pelo título até parece coisa do Borat, mas não é bem assim. Esse é um título totalmente arbitrário, criado por mim, para designar a banda Coldunya, do Azerbaijão.

O Coldunya está na estrada desde 1992 e continua até hoje. O som que esses 4 azeris fazem é o famoso metal muito apreciado por minha pessoa. E a trajetória deles é cheia de curiosidades particulares, como por exemplo, o fato deles terem sido a única banda do azerbaijão a ser convidada para tocar no Festival da Cultura da Grã-Bretanha em 1999.

Material sobre o Coldunya é difícil de achar para quem não está familiarizado com o alfabeto cirílico, mas para o leitor do invasões, nós sempres damos um jeito e trazemos para você um diferencial. Abaixo está o clipe do primeiro sucesso da banda, a música chamada "Sehirbaz", ou em bom português "Mago". É a gravação de um show, provavelmente recuperado de um vhs, por isso o som não é dos melhores, mas dá para sentir o que é o Metal Azeri


 
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quarta-feira, julho 04, 2007
Podres...
Em 2003, é lançado no Brasil o álbum "Tributo Garotos Podres - 20 anos de podridão". A banda paulistana de punk rock construiu durante os muitos anos de carreira uma identidade forte com seu público e um trabalho de impacto, com letras politizadas e recheadas de palavrões. Ironia e sarcasmo, marcas também de uma banda portuguesa, a única que participou do Tributo lançado há quatro anos atrás.

Acromaniacos é o nome do grupo lusitano. Nas letras a mesma linha de irreverência dos brasileiros. Um trabalho sem preocupações mercadológicas e que nem por isso ficou sem oxigênio. No próximo dia 13 de julho, a banda vai realizar um concerto para comemorar quinze anos de existência.

O nome dos cds e das músicas indicam uma certa linha em comum. De um lado as canções brasileiras "Papai-Noel Filho da Puta" e "Fernandinho Veadinho"; do outro as portuguesas "O Boceta" e "5ª Casa do Caralho" - apenas para citar alguns exemplos. Bem, 15 anos de existência. Parabéns para a banda!

Depois de uma semana meio sonolenta, onde Vetrô e Costoli já começam amarelados, tente matar a saudade dos textos do Invasões com um vídeo onde Acromaniacos e Garotos Podres se encontram. A gravação é dos portugas e a canção dos brasileiros, "Surfista de Pinico", a mesma que fez parte do tal tributo à podridão.

 
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domingo, julho 01, 2007
León Gieco
por Ana Argento Nasser

“Sou como um trem que atravessa desertos e quebra a calma em dois (...) Eu por amor dou a vida, porque de amor um dia minha vida nasceu”. O trecho, retirado da canção “Como um trem”, resume bem o perfil de seu compositor: Raúl Alberto Antonio Gieco, vulgo “León”. Um homem que desde criança vive sua vida em cada cenário para onde leva sua música e sua arte.

León Gieco é um cantor e compositor popular da Argentina. Nasceu em 20 de novembro de 1951 em uma chácara perto de Cañada Rosquín, no centro da província de Santa Fé-ARG. Sua obra caracteriza-se pela mistura entre o gênero folclórico e o rock argentino, e pelas conotações sociais e políticas de suas canções.

Primeiros passos e luta

Sua expressão artística nasceu quase junto com ele. León ganhou sua primeira guitarra quando tinha só oito anos de idade e começou a se apresentar em diferentes cerimônias da escola onde estudava.

Logo se juntou a banda Los Moscos, um grupo de rock com o qual pouco a pouco foi ficando famoso nas cidades vizinhas. Depois participou de diferentes bandas até que em 1973 gravou “León Gieco” seu primeiro disco solo. É importante lembrar que nesses tempos a Argentina atravessava uma terrível ditadura militar e que as manifestações artísticas se caracterizavam pelo desconforto com esta situação.

Assim, León, desde o princípio de sua carreira se caracteriza por sua solidariedade e seu compromisso social. Logo depois gravou varios outros discos: La Banda de los Caballos Cansados (1974), El fantasma de Canterville (1976) ,IV LP (1978), Siete años (1980), Pensar en nada (1981) y Corazón americano / El gran concierto (1985)

A grande viagem

Em 1981, Gieco iniciou uma enorme viagem nacional que levou três anos. Foram ao todo, 450 apresentações em todas as províncias argentinas e 110 mil quilômetros percorridos, cantando para mais de 400 mil pessoas.

Esta viagem foi batizada com o nome “De Usuhuaia a la Quiaca” e consistiu, praticamente, em ir aos locais de nascimento das músicas para poder gravá-las em seu ambiente natural, com a preservação dos sentimentos do local de origem.

Para isso, León viajou em um estúdio móvel dentro de uma van. Alem da gravação das músicas foram tiradas duas mil fotografias e gravadas mais de 50 horas de vídeo, registrando os momentos mas gloriosos da viagem. Desta maneira, os concertos que foram feitos em cada canto da Argentina deram origem a um grande legado cultural. Poetas, mestres, alunos, músicos (entre eles os conhecidos Sixto Palavecino, Cuchi Leguizamón y Gustavo Santaolalla) e a terra mesma, juntos numa produção nacional.


Gieco já gravou 29 discos. O último deles, lançado em 2006, leva o nome “15 años de mi” Mas não são só as letras das suas canções que o identificam. Seu compromiso social o levou a ser reconhecido como “Cidadão Ilustre da cidade Buenos Aires” em Junho de 2004 e, em 2009, o Conselho Superior da Universidade Nacional de Córdoba (UNC) resolveu, por unanimidade, reconhecer León Gieco por seu trabalho na defesa dos Direitos Humanos, da Memória, da Verdade e da Justiça.

Mundo Alas



Em 2009, León deu início ao projeto “Mundo Alas” que tem como objetivo dar visibilidade, através da arte e a cultura, ao problema da deficiência e da integração social. Assim, Mundo Alas permite que músicos com necessidades especiais mostrem ao mundo sua arte. O projeto inclui um CD, um filme, um livro e uma série de televisão com seis capítulos.

Como podem ver, “León” tem a força que caracteriza seu nome, como aquele trem que pode atravessar os desertos da sociedade e quebrar a calma em dois para com sua música lutar pela justiça e a verdade.

Abaixo nós ficamos com a canção La Memoria, um grito pela liberdade e que relembra momentos da ditadura argentina e de outros países latino-americanos.

 
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