quinta-feira, maio 31, 2007
Ao infinito... E Além
A história da banda Beyond é bem parecida com a de algumas bandas brasileiras que fazem sucesso até hoje. Ela foi fundada em 1983, na onda do "Boom do rock" de Honk Kong. Será que alguém se lembra de um outro boom parecido por aqui?

A história do Beyond pode ser dividida em duas partes bem distintas. De 1983 até 1993, a banda era liderada por Wong Ka Kui (黄家驹). Nessa fase o som era mais progressivo e experimental e as letras falavam sobre política e problemas sociais.

Em 1993, Wong sofre um acidente no palco de um programa de tv japonês e fratura o crânio, morrendo uma semana depois. O enterro provocou grande comoção no povo chinês e muita especulação sobre o futuro da banda.

As dúvidas acabaram 5 meses depois, quando o Beyond se apresentou num concerto liderado pelo baixista Paul Wong (黄贯中). A banda se torna outra. Os músicos deixam o experimentalismo de lado e começam a fazer um som mais parecido com o ocidental. Mas o engajamento da banda continua. O Beyond participou de diversos shows que pediam a devolução de Honk Kong para a China, fato que ocorreu em 1997.

Em 1999, a banda teve seu primeiro fim. Os integrantes seguiram carreira solo e tudo indicava que nunca mais se ouviria falar do Beyond, mas, em 2003, tudo mudaria.

Uma turnê foi organizada para comemorar os 20 anos da banda. A recepção foi tão boa, que os integrantes tiveram gás para fazer mais dois cd's inéditos e ganhram o prêmio de Melhor banda chinesa de 2003 no prêmio da HKVP (Honk Kong Vintage Pop Radio).

Em outubro de 2005, o Beyond se despediu de vez dos palcos. Ao longo desses 20 anos, foram 59 cd's lançados, e muitas histórias para contar. Abaixo, vai o clipe da música Huī sè gu jì

 
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quarta-feira, maio 30, 2007
Nem estranho, nem igual
A banda Kent quase passou despercebida na semana da Suécia, tendo que disputar espaço com o metal do Vintersorg, a salada musical da Svenska Akademien e as criações e recriações dialetais em blues e em reggae de Peps Persson. Mas como (felizmente) nem só de exotismo vive o nosso programa, não tivemos dificuldade em reconhecer a qualidade musical destes músicos suecos famosos em toda a Escandinávia.

O som da banda é marcado pelo uso de sintetizadores e outros experimentos, o que rende comparações com o Depeche Mode. A influência dos compatriotas do The Cardigans também é sentida tanto na sonoridade como na parceria entre as bandas, que aconteceu, dentre outros momentos, nas composições para um projeto paralelo envolvendo os vocalistas e em um dos tours que ambas fizeram juntas pelos Estados Unidos.
Um ponto marcante na sonoridade da banda é que o elemento rock predomina mesmo naqueles singles aparentemente mais pops. Os álbuns, lançados em diferentes momentos da carreira, costumam variar entre temáticas mais melancólica e outras mais pra cima. Os singles da banda têm presença garantida no topo das tabelas sem que a banda precise deixar de lado a guitarra para fazer algo mais dançante ou vendável. A música do Kent pode até soar familiar, mas sem aquela impressão de mais do mesmo.
O resultado de tudo isso é uma carreira consolidada em toda a Escandinávia, apesar de a banda não conseguir repetir o feito de conterrâneos como Roxette, The Cardigans e Ace of Base. Eles até que tentaram: lançaram álbuns em inglês e fizeram seus tours pelos EUA, mas mesmo estes álbuns em inglês tiveram maior êxito na própria Escandinávia. Os vocais excelentes de Joakim Berg e as letras por vezes oníricas não são a mesma coisa no idioma da Rainha Elizabeth. De resto, esta tentativa, até o momento infrutífera, de se juntar ao Império não desmerece a bela obra musical destes suecos.
 
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terça-feira, maio 29, 2007
Hip hop tuga
O hip hop surgiu no fim da década de 60 nos subúrbios de Nova Iorque. Cerca de vinte anos depois, impulsionado pela exposição no cinema hollywoodiano, foi a vez do ritmo desembarcar em terras portuguesas. MC, DJ, break-dance e grafite, quatro elementos que se infiltraram nas periferias das grandes cidades lusitanas, principalmente Lisboa e Porto. Nascia assim o hip hop tuga.

As canções no início eram interpretadas em inglês, mas logo passaram a ser cantadas em português. A popularização do ritmo foi algo que demorou um pouco mais. Um tanto tímida na década de 90, a cena esquentou de vez no início do século. A sonoridade atual do hip hop português sofreu algumas mudanças e caiu no gosto do povo, das gravadoras e da mídia. As rimas e falas típicas do rap ganharam contornos mais suaves ao serem misturados com ritmos africanos e reggae.

Na foto uma das principais bandas que integram a cena do hip hop portuga. O grupo Da Weasel (que merece um texto à parte) é inclusive responsável por um das músicas mais pedidas do Invasões Bárbaras: dialectos de ternura (que também merece um texto à parte). Até a próxima!!
 
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segunda-feira, maio 28, 2007
Cronograma do Invasões Bárbaras
E o nosso humilde blog bate um recorde. Semana passada foi a de maior acesso ao Invasões Bárbaras desde que saiu a nossa matéria na Folha de São Paulo, que por coincidência, foi quando entramos no ar. Agradeço a todos que tornaram isso possível, ao google por redirecionar a gente e aos nossos textos sobre a música do mundo.

Então, para não perdermos o pique e continuarmos nessa ascenção meteórica, vamos ao nosso cronograma:

Terça - Tiago Capixaba escapa por pouco do segundo amarelo,e por isso, vai ter que escrever seu texto para amanhã. O assunto, ainda não sabemos, ele pode continuar o Black Metal, continuar falando como são suas experiências nos chats, ou simplesmente um novo assunto qualquer.

Quarta - Hidson Ronaldo, o fenônemo, depois de dois post seguidos na semana passada, traz o Rock sueco, falando da banda KENT.

Quinta - Vetrô Gomes continua na China falando também de rock. Nessa quinta, quem estrela é a banda Beyond.

Sexta - Igor Costoli se sentiu mal fazendo um texto inteiro e voltou ao que sabe fazer melhor. Sexta-feira, mais um teaser.

Espero todos aqui para desfrutar dos nossos textos mais essa semana.
 
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sábado, maio 26, 2007
Sem fronteiras

O norteño é um estilo musical que nasceu no México e cruzou a fronteira, levado na bagagem dos imigrantes mexicanos que foram tentar a vida nos EUA. A sonoridade nasceu no campo, no início do século XX e se aproxima da música ranchera, também mexicana, um pouco mais tradicional. Já para os ouvidos brasileiros o som lembra mesmo música sertaneja .

Os principais instrumentos utilizados são o acordeon e o "bajo sexto" (uma espécie de violão, com 12 cordas). Mas a música norteña tem diferentes variações, vinculadas às influências musicais que mudam de acordo com a localidade onde o ritmo se desenvolveu. Na região sul do Texas (EUA), por exemplo, o norteño gerou o tejano, que muitas vezes se aproxima mais da música country e também sofre influências do rock. Mudanças também ocorrem em território mexicano e muitos optam por fazer uma divisão entre o "norteño moderno" e o "norteño raiz".

O que parece não ter tanta divisão é o gosto musical compartilhado nos dois lados da fronteira...

O grupo Los Tigres del Norte (foto), um dos mais populares do norteño, é um exemplo. Os integrantes nasceram no México e cruzaram a fronteira, impulsionados pelas dificuldades e os sonhos compartilhados por milhões de pessoas. A carreira foi construída nos EUA, a popularidade é compartilhada entre os dois países.
 
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quinta-feira, maio 24, 2007
A fanfarra mais rápida do mundo
Zece Prajini é uma aldeia. Se incluída num mapa fosse, seria um ponto minúsculo dentro da Romênia, quase na fronteira com a Moldávia. E foi lá, num canto escondido do Leste Europeu, que um produtor alemão encontrou escondida uma enorme riqueza musical.

Em 1996, o alemão convenceu músicos locais a saírem pelo mundo mostrando sua música. Começava aí a trajetória internacional da Fanfare Ciocarlia. O que essa banda tem de tão especial é a conservação de sua origem cigana, traços especiais das raízes e da cultura balcânicas convertidos em música. Parece haver um consenso na Europa de que as apresentações dos aldeões romenos são algo inexplicável, tamanha sua energia e empolgação.

Uma história interessante é a de que o sucesso e as viagens incomodaram um pouco os 12 membros da banda. Tudo por causa da saudade dos seus familiares... e da falta que sentem de tocar nos casamentos da aldeia! E esse espírito vem conquistando o mundo, com uma mistura de simplicidade e animação festiva.

Na noite de hoje, temos a oportunidade de ver o choque da metrópole e da aldeia. O clipe que passamos no Agenda esta semana mostra a Fanfare Ciocarlia em Londres e Tóquio para apresentações, e na aldeia romena, entre um ensaio e outro. A partir das 19h desta quinta, o "choque de civilizações" entre as metrópoles e a pequena Zece Prajini pode ser visto na Rede Minas, com reprise à 1h.
 
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quarta-feira, maio 23, 2007
O peixe que amava Xiaolong

Com títulos bem bolados e um rock bem trabalhado, o Happy avenue abriu seu espaço na cena musical Chinesa. São figuras carimbadas nos redutor alternativos de Pequim e fazem muito sucesso com os jovens.

Juntos desde 1999, o grupo tem a honra de ter a mais famosa, e mais multi-tarefas, vocalista do rock chinês, Wú Hóngfēi. Eu disse multi-tarefas porque além de cantora, ela foi jornalista, escritora, tem mestrado em literatura chinesa e é até engenheira ambiental.

Os temas abordados pela banda variam muito, assim como as músicas. É muito difícil enquadrar o Happy avenue, ou Xìng Fú Dà Jiē, para os íntimos da língua chinesa, em qualquer gênero. Alguns dizem que é punk, outros que é avant-guard, e tem até quem os chame de góticos.

Todas as letras são compostas do Wú e vão da história de uma laranja que quer ser uma maçã, passando pela infância de abandono no hit Liu mang, até chegar na história da sereia que desiste da cauda para casar com um humano, ou melhor dizendo, a história do peixe que amava Xiaolong. Os vocais também acompanham a salada. Variam de suave, quase como numa canção de ninar, até os gritos cheios de emoção.

Para conhecer o som da banda é só clicar no nosso simpático ovinho à esquerda e dar um pulo no nosso podcast. Lá estará o programa do invasões com o sucesso Liu Mang.
 
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terça-feira, maio 22, 2007
Não nos apoquentarmos
Conforme prometido, aqui vai a letra da música Nostress, da polonesa Happysad, acompanhada de tradução. Ressalto que é uma tradução ainda mais livre que a última que postei do Die Ärzte, já que com o polonês o bicho pega ainda mais.

A interpretação que faço desta letra é que se trata de um protesto velado contra o individualismo e contra a inércia da nossa geração diante dos problemas contemporâneos, idéia esta que é reforçada pelo clipe.

Créditos da tradução para o inglês para kasior, do Reino Unido.

Happysad - Nostress

Jak minął dzień nie pytam, i tak widzimy się rzadko
To już chyba rok odkąd na ciebie nie patrzę
"Como está o dia?", eu nem pergunto, afinal, mal nos vemos
Faz mais ou menos um ano que não olho para você

Raczej nie podajemy sobie rąk, raczej nie pokazujemy palcem
Raczej mało obchodzimy się nawzajem
Melhor não nos darmos um aperto de mão, nem apontarmos um ao outro com o dedo
Melhor não nos interessarmos muito pelas atividades um do outro


My dzieci dekadentów, córki synowie rozpusty
Alkohol mamy od zawsze we krwi rozum genetycznie struty
Nós, os filhos dos decadentes, filhas e filhos da libertinagem
Sempre temos álcool em nossas veias, os cérebros geneticamente envenenados

Raczej nie życzymy nikomu źle, raczej nikomu dobrze
Raczej siedzimy na dachach bawimy się powietrzem
Melhor não desejarmos nem o mal, nem o bem a ninguém
Melhor sentarmos no telhado e brincarmos com o ar


Nostress - myślę tylko o sobie...
Nostress - penso apenas em mim mesmo

Podróże z i pod prąd niekończące się nigdy
Taka nasza wolna śmierć, ziarno nienawiści
Travessias sem fim a favor e contra a corrente
Esta é a nossa morte lenta, a semente do ódio

Raczej nigdy nie będzie lepiej, raczej nigdy nie było źle
Raczej już zostanie tak jak jest
É provável que não seja nada de melhor, era melhor que não tivesse sido tão ruim
É bem capaz de tudo continuar exatamente como está


Wokół szemrzą polityczne wszy, wokół rozprzestrzenia się gaz
Pani z ekranu straszy palcem, jak to mało obchodzi nas
Os políticos sanguessugas se espalham, o gás venenoso se espalha também
A moça da TV aponta com o dedo, e nós estamos tão pouco preocupados com isso tudo


Raczej nigdy nie będziemy tym, Kim raczej chcielibyśmy być
Raczej siedzimy na dachach bawimy się w powietrze
É bem capaz que não nos tornemos quem queremos ser
É melhor sentarmos no telhado e brincarmos com o ar


Nostress - myślę tylko o sobie
Nostress - penso apenas em mim mesmo
 
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segunda-feira, maio 21, 2007
Coalisão de Forças
Por motivo de festa maior, a postagem sobre o Arsenal não pôde ser publicada na semana passada. Mas já que festa é com o Arsenal mesmo, vamos ao que interessa, então.

Taí um grupo que indiscutivelmente tem a cara do Invasões. Criada pelos produtores belgas Hendrik Willemyns e John Roan, Arsenal faz um som que tem muito de pop, algo de música eletrônica, um pouco de hip-hop e uma diversidade de temas e letras que credencia a banda a uma ocupar uma vaga debaixo do guarda-chuva "World Music".

Cada canção da banda é uma produção internacional. Há a presença do vocalista convidado, e este pode ser da própria Bélgica, dos Estados Unidos, da China e, destacavelmente do Brasil.

O destaque não é por acaso: os maiores sucessos da banda são em bom português brasileiro, cantados na voz marcante do soteropolitano residente na Bélgica e professor de capoeira Mário Jorge Vitalino dos Santos. A música "A Volta", que praticamente lançou a banda nas pistas ao redor do mundo, quebrou paradigmas também no Invasões Bárbaras: foi a primeira música principal cantada em português na nossa pílula de rádio. Isso muito antes de o Capixaba fazer "Dialectos de Ternura", da lusitana Da Weasel, grudar em nossa cabeça que nem chiclete velho.

Outro grande sucesso produzido pela dupla de belgas e cantado em português é Saudade, um lamento que traduz bem a poética presente na última flor do Lácio. Mas vamos conferir um trecho da letra de A Volta, essa com temática fortemente soteropolitana. Seria uma espécie de eletroaxé? É claro que o som tem também um colorido bem bossa-nova, vale a pena acompanhar depois em nosso podcast com o dia do Arsenal na semana da Bélgica.

Mané tá voltando da pesca, tapira na beira do mar
Mas antes de aportar no Rio Vermelho, vai saudar Iemanjá
Mulher muito querida, uma deusa ciumenta.


E isto é tudo sobre a banda belga Arsenal, apesar de termos falado quase que só de Brasil e de língua portuguesa. O que não deixa de ser válido, visto que é muito gratificante encontrar uma proposta tão aberta a culturas, a técnicas e inovações ao redor do mundo como a de Hendrik Willemyns e John Roan. No mais, como não quero deixar dívidas com meus leitores do blog Invasões Bárbaras, pago com juros e correção monetária: amanhã posto a letra da música Nostress, da banda polonesa Happysad, que foi abordada no meu último post aqui no blog.
 
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Mais uma semana nesse Blog do Invasões...
Todo mundo à beira da suspensão. Até o infalível Hidson Guimarães não postou no tempo certo. O que será que está acontecendo nesse blog? É o que tentaremos descobrir até a próxima semana. A seguir, cenas dos próximos dias:

Terça: Apostamos nossas fichas no Baiano. Será que ele conseguirá colocar no ar seu texto sobre o Arsenal; a banda, não o time.

Quarta: Vetrô Gomes, ainda sem idéias, deve falar sobre alguma avenida alegre da china.

Quinta: Eu acho que é mentira, mas Costoli garantiu que vai fazer um texto sobre a Fanfare Ciocarlia da Romênia. Mas eu acho que é só porquê vai passar na rede minas e ele quer fazer um teaser.

Sexta: Tiago Capixaba, agora livre de seus grilhões, fala sobre o Norteño, ritmo do México, mais precisamente do norte, para quem ainda não tinha adivinhado.

E vamos que vamos. Todos os dias úteis, um novo texto do Invasões para você. Se tudo der certo.
 
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quinta-feira, maio 17, 2007
Vou de táxi... você sabe

A banda nasceu da reunião de artistas consagrados da musica tailandesa. Quer dizer, tão consagrados quanto qualquer banda que acompanha um músico pode ser. Kob (vocais), Pam (guitarra), Ek (baixo) e Ao (bateria) ficaram na parte escura do palco por muito tempo e quando resolveram se juntar, foi logo para o Grammy, não o prêmio, mas sim a maior gravadora da Tailândia.

Juntos desde 2001, os quatro lançaram 6 cd's e ganharam uma legião de fãs fiéis ao longo do sudeste asiático. O nome foi escolhido pela publicidade gratuita. Segundo o vocalista, Taxi é simples de lembrar e qualquer pessoa que ver um pode associar com a banda.

Taxi está em turnê com seu último cd, Exit, que marca uma reviravolta na história da banda: eles mudaram de nome. O velho Taxi era homônimo de muitas bandas ao redor do mundo, por isso, agora se chamam กบ Taxi (กบ é a maneira de escrever o nome do vocalista em tailandês). Eles tomaram essa atitude para facilitar a vida dos fãs ao pesquisarem suas músicas na internet ou em outras fontes, como emule.

A turnê também é uma parte importante para a criação musical da banda. Segundo Pam, sair em turnê é uma maneira deles conhecerem o gosto musical dos fãs e fazer com que as músicas fiquem de acordo com o que eles querem.

Para conhecer um pouco do novo trabalho do Taxi é só acessar: http://www.youtube.com/watch?v=QrltZTKK4jc e conferir o clip da música Gaud Jai Mai Gaud Kau, do cd Exit. Esse clipe é a continuação do Clip Hero, do mesmo cd.
 
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quarta-feira, maio 16, 2007
Nesta quinta-feira, às 19h, no Agenda

Semana passada, o nosso amigo Capixaba falou a respeito da banda Colombiana Pornomotora. Quer ver se o rock de Bogotá é isso tudo? Chegou a hora!

Pornomotora
Clipe: Invitacion 17/05 - 19h
Programa Agenda
Rede Minas de Televisão
 
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terça-feira, maio 15, 2007
Brukere
As pesquisas musicais realizadas pelos membros do Invasões Bárbaras partem, na maioria das vezes, de conversas e opiniões de intercambistas brasileiros e/ou também de nativos dos países estudados. Neste sentido, salas de bate-papo ao redor do mundo são fonte de pesquisa comum e muito útil.

Impulsionado pela curiosidade gerada pela pesquisa sobre o black metal norueguês parti em busca de respostas. Alguns dias de presença assídua e nada... Os "nãos" se aglomeravam e ninguém dizia conhecer ou lembrar das igrejas queimadas pelo inner circle da Noruega.

Alguns como a estudante Olga, de 22 anos, chegaram a se supreender com as informações."Tem certeza? Aqui na Noruega? Nunca ouvi falar disso."

Karoline, de 16 anos, afirma que gosta de black metal, o que alimenta as minha expectativas. "Burzum, Mayhem, Dark Throne?", perguntei. "Claro", respondeu. Mas quando o assunto é o fogo, igrejas e coisas do tipo ela também reconhece nunca ter ouvido falar. Com o endereço da wikipedia em mãos convidei ela a ler o artigo, quem sabe para refrescar a memória. "Oh, que legal!!". Legal??

Sem respostas, mas com algumas observações interessantes. As salas de bate-papo apresentam a opção de escutar algumas rádios. Na maioria delas as músicas parecem bem familiares, quase todas cantadas em inglês, made in usa mesmo... Em norueguês só a locução. E lá as pessoas também parecem buscar o seu principe/princesa encantada na rede... Estava me sentindo em casa...

Quando já estava prestes a desistir finalmente achei alguém que parecia ter condições de me ajudar. Lançada a pergunta, já despretensiosa, uma resposta interessante: "Sim, lembro". Mas ao descobrir que eu era homem o papo realmente não fluiu. "Estou sem tempo agora, ok?". Fazer o que, né...


Continua... (ou não)
 
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segunda-feira, maio 14, 2007
Singela agenda semanal
Como é de praxe na segunda, a agenda bloguística da semana:

Terça: Tiago Capixaba tenta algo novo. Um piloto de um provável quadro no nosso blog. Pelo menos, foi o que ele nos disse. Fique ligado para descobrir o qe vai acontecer.

Quarta: Igor Costoli tenta fazer um texto, ou será um teaser? Ou quem sabe, um comentário. Não importa, essa semana ele esreve ou então será suspenso...

Quinta: Vetrô Gomes faz uma ficha sobre TAXI, a banda com mais propaganda grátis na Tailândia e no mundo.

Sexta: Hidson Guimarães coloca as armas pra fora do paiol e escreve sobre Arsenal, a banda multilingïsta da Bélgica.

E parabéns pra mim que hoje é meu aniversário! Viva EU!
 
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quinta-feira, maio 10, 2007
Equilíbrio Descortinado

Após ter invertido as datas do texto com o Capixaba, a pedido do próprio, apresentamos a banda Happysad, expoente em ascensão da vigorosa cena de rock da Polônia.

Os integrantes da banda, da cidade de Skarżysko-Kamienna, tocavam juntos desde 1994, mas com outros nomes para o grupo. Apenas depois de terminarem a faculdade, em 2001, foi que Quka (vocais e guitarra), Pan Latawiec (Sr. Latawiec - guitarra e vocais), Artour (baixo) e Dubin (bateria) decidiram lançar o grupo já com o nome Happysad.

O som desta banda é uma combinação agradável e peculiar de rock melódico e reggae somados a alguma influência punk. Resultado: música que não agride, não causa tanta estranheza aos ouvidos mas tampouco passa aquela famosa impressão do "já ouvi isso antes". Já na segunda faixa do disco é possível traçar a linha-mestra do trabalho do grupo, que é explorada hora pendendo mais para o punk, hora para o reggae.

Happysad esteve na semana da Polônia, logo no início das pílulas diárias do Invasões. A banda marcou presença também no setlist dos DJs Bárbaros. A inventividade e a qualidade de produção de seus videoclipes foram responsáveis ainda pela escolha do clipe da música "Nostress" para ser comentado e exibido há uma semana no programa Agenda da Rede Minas. O clipe traduz a filosofia que parece estar por trás do nome do grupo: o exercício da paciência e o aprendizado em lidar com os momentos felizes e também com os momentos tristes são a chave do equilíbrio pessoal.
 
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quarta-feira, maio 09, 2007
Muito de tudo
A pesquisa realizada no território sonoro colombiano mostra que a cena musical do país é rica, diversa e nem um pouco previsível. Os ritmos, com influências ameríndias, africanas e espanholas, marcam forte presença e caracterizam o som de muitos artistas. Elementos presentes em trabalhos conceituais e folclóricos, como o da cantora Toto La Momposina, ou no pop de Andrés Cabas, construído com o auxílio dessas mesmas raízes musicais. Uma musicalidade que também é marcada por um tempero tropical, caribenho.

Mas o foco do Invasões Bárbaras não está apenas naquilo que é diferente, exótico ou folclórico. A mesma pesquisa que nos trouxe ritmos como a cumbia, o porro e o vallenato, também nos mostrou que existem grupos fazem algo bem diferente de tudo isso. E em meio a cena rock da capital, Bogotá, nos deparamos com um desses espécimes.

A banda Pornomotora faz rock com elementos de punk, hardcore e uma forte e marcante base eletrônica. Um grupo formado por jovens de Bogotá que surge em meados de 99. Em meio a muitas apresentações na cena alternativa da cidade o primeiro álbum começou a se desenhar. Lançado em 2004, Invitacíon, contém canções interessantes que deram fruto a vídeos que ajudaram a impulsionar a carreira da banda e ganhar vários prêmios.

Christian de la Espriella, Mauricio Mariño, Edwin Reyes e Carlos Galindo formam o quarteto. Nada de floclórico, apenas "rock de Bogotá".






 
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terça-feira, maio 08, 2007
Terra da Liberdade

A Tailândia é um reino que fica no sudeste asiático e se destaca pelo fato de ser o único país da região que não foi colônia de nenhum país do Ocidente. Thai, além de ser o nome do maior grupo étnico do país, significa liberdade em tailandês. O nome oficial do país era Sião e assim foi até 1945, quando foi rebatizada de Thailand, ou Tailândia, para os íntimos da língua portuguesa.

A Cultura Tailandesa se aproxima em alguns pontos da cultura hindi e também da cultura Chinesa. No que diz respeito a música, apesar de nunca ter sido colonizada por nenhuma potência ocidental, nada impediu que os ritmos europeus e americanos influenciassem a produção musical.

A cena pop é dominada por músicas mais lentas, românticas, muito parecidas no estilo e sonoridade com as músicas do vizinho Laos. Com relação ao Rock, a Tailândia é um ótimo centro de referência. Diversos estilos podem ser encontrados desde o metal mais pesado ao rock clássico, todos os estilos com representantes consagrados e influentes na música não só da Tailândia como da região. Destaque para o Punk rock, cujo ritmo acelerado combina muito bem com a língua.

Existem ainda dois ritmos tradicionais tailandeses: o Luk Thung e o Mor lam. O Luk thung é a "música sertaneja" da Tailândia. Ela é mais popular que o mor lam e seus temas refletem as dificuldades da vida no campo. Até o estilo e a voz dos cantores lembram bastante as duplas sertanejas de um certo país da América do Sul.

O mor lam, por sua vez, vem do Laos e em sua forma moderna aborda temas da vida urbana. A principal característica desse ritmo é a adaptação do tempo ao texto. Enquanto os mor lam's mais tradicionais tendem a ser mais lentos, os atuais são bem rápidos, sendo comparados ao rap.

A música tailandesa como um todo foi uma agradável surpresa na hora da pesquisa. Essa nação da liberdade, apesar de influenciada pelos estilos ocidentais, consegue manter sua identidade musical. A língua, que é tonal, casa perfeitamente com estilos mais rápidos de música como o punk rock e o hip hop.

Alguns representantes da música tailandesa são: Lift&Oil, Taxi, Siriporn Ampaiphong, Armchair, Buddha Bless entre outros. Todos eles facilmente encontrados no emule, ou qualquer outro programa de busca de mp3.
 
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segunda-feira, maio 07, 2007
Essa semana e o Blog do invasões
Depois do feriado e de outros probleminhas mais, voltamos a nossa programação normal... ou assim esperamos.

Todo dia útil, um texto novo no seu blog favorito:

Terça: Vetrô gomes fala de Prathet Thai, a terra da Liberdade. Se ninguém sabe onde é, é só ler o post de amanhã.

Quarta: Hidson Guimarães entra em campo falando sobre alegria e tristeza: Happysad, banda polonesa de rock!

Quinta: Tiago Capixaba toma seu primeiro cartão amarelo e está de sobre-aviso. Se falhar mais uma vez, será sumariamente expulso da quinta-feira e suspenso por três semanas. O tema dele: Pornomotora e o Rock Colombiano.

Sexta: Sabe-se lá o que ele fará, mas todos apostam que um texto não vai ser. Costoli se aquece e promete que vai jogar pelo time e tentar fazer o melhor possível.

E que os deuses nos ajudem, porque caso contrário, seremos COMIDA de leões.
 
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sexta-feira, maio 04, 2007
AlemãoxPortuguês
Conforme prometido, posto aqui a letra da música "Männer sind Schweine", da banda alemã de punk "Die Ärzte", para apreciação do estilo da banda. Não posto a letra toda devido à sua grande extensão, e é uma temática que se repete. A tradução é um pouco livre, não é literal.

Männer sind Schweine / Homens são porcos

Hallo, mein Schatz, ich liebe dich / Olá, meu tesouro, eu te amo
Du bist die einzige für mich / Tu és a única para mim
Die anderen finde ich alle doof / As outras, eu acho todas bobas
Deswegen mach ich dir den Hof / Por isso faço-te a corte
Du bist so anders, ganz speziell / Você é tão diferente, bem especial
Ich merke sowas immer schnell / Eu sempre noto logo esse tipo de coisa
Jetzt zieh dich aus und leg dich hin / Agora despe-te e deita-te
Weil ich so verliebt in dich bin / Porque estou tão apaixonado por ti

Gleich wird es dunkel, bald ist es Nacht / Logo irá escurecer, em breve será noite
Da ist ein Wort der Warnung angebracht / Este é um conselho que trago

Männer sind Schweine / Homens são porcos
Traue ihnen nicht, mein Kind / Não confie neles, minha menina
Sie wollen alle nur das Eine / Eles só querem aquilo
Weil Männer nun mal so sind / Porque homens são assim mesmo

Ein Mann fühlt sich erst dann als Mann / Um homem só se sente como homem
Wenn er es dir besorgen kann / Quando consegue possuir-te
Er lügt, dass sich die Balken biegen / Ele conta uma mentira atrás da outra
Nur um dich ins Bett zu kriegen / Apenas para levar-te para a cama
Und dann am nächsten Morgen / E então na manhã seguinte
weiß er nicht einmal mehr wie du heißt / Ele nem se lembra de como te chamas
Rücksichtslos und ungehemmt / Impiedoso e inescrupulo
Gefühle sind ihm völlig fremd / Sentimentos são-lhe totalmente estranhos

[...]

Und falls du doch den Fehler machst / E caso cometas mesmo o erro
Und dir 'nen Ehemann anlachst / E arrume-te um marido
Mutiert dein Rosenkavalier / Teu nobre cavaleiro transforma-se
Bald nach der Hochzeit auch zum Tier / Numa criatura bestial logo após o casamento
Da zeigt er dann sein wahres Ich / E então ele mostra seu verdadeiro 'eu'
Ganz unrasiert und widerlich / Não-barbeado e abominável
Trinkt Bier, sieht Fern und wird schnell fett / Bebe cerveja, vê TV e logo vai engordar
Und rülpst und furzt im Ehebett / E arrota e flatula no leito nupcial

Dann hast du king kong zum ehemann / Tens então ao King Kong como marido
Drum sag ich dir denk bitte stets daran / Peço-te então que sempre pense nisto


Então é isso, pessoal, deu para sentir o humor escrachado da banda nesta sátira de costumes modernos. Quem tiver alguma observação ou sugestão a fazer no texto e na letra traduzida, ou mesmo quiser sugerir a postagem da letra e da tradução de alguma outra música que já tocamos no programa, é só postar um comentário aqui no blog mesmo ou mandar e-mail para o Invasões. Em breve traremos mais letras traduzidas e comentadas.
 
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quarta-feira, maio 02, 2007
DJ'S BÁRBAROS
As músicas para derrubar o Império em ação outra vez. Desta vez, estarei lá como DJ Pílula Pop, colaborador que sou do site. Mas dentro da "linha editorial" da festa que é de hits, indies e hits indies, acho que todos sabemos quais serão os meus hits indies... Entro depois da segunda banda, madrugada avançada, com repertório mesclado entre o conhecido e o muito desconhecido.
FESTA PÍLULA POP
03/05 - 22h
A Obra - Rua Rio Grande do norte, 1168, Savassi
Entrada R$7,00
 
Psicografado por Costoli | Permalink | 0 comentário(s)
O Cáucaso e o Eletro
Nada como um feriado para bagunçar totalmente um calendário, mas tudo volta ao normal hoje... ou assim esperamos.


Eu fiquei de colocar um texto sobre o Eletrocáucaso na quarta-feira da semana passada, mas por motivos profissionais, não tive tempo para escrevê-lo.


Mas uma semana de atraso, é melhor que duas, por isso, mãos a obra.


Para se situar geograficamente, os países do Cáucaso são Armênia, Geórgia, parte da Rússia, do Irã e da Turquia e o Azerbaijão, onde nós ouvimos o Eletrocáucaso pela primeira vez.


Esse ritmo, resumidamente, é uma releitura da música tradicional produzida na região do Cáucaso, em que são incorporados elementos da música eletrônica, transformando tal som em algo mais palatável para os ouvidos mais jovens.


Essa música tradicional do Cáucaso tem influência turquica (não confundir com turca), já que a maior parte dos povos que ocuparam essa região são do ramo lingüístico turquico. Alguns dos instrumentos utilizados na tradição musical turquica são o alaúde e um tambor duplo chamado Dhol.


Segundo nosso companheiro Hidson Guimarães, os melhores eletrocáucasos são os da Geórgia, mas no nosso podcast você pode ouvir o programa do Azerbaijão que apresentou o Eletrocáucaso para o mundo.


E não se desespere, amanhã, tiago Capixaba, nos entrega a outra parte do METAL DU MAU, ou um outro texto a escolha dele. E na sexta. Hidson Guimarães posta a letra e a tradução de uma música da banda Die Ärtze.
 
Psicografado por Vetrô Gomes | Permalink | 0 comentário(s)