sexta-feira, abril 27, 2007
Irmãos Orff
Uma das principais revelações da música tcheca na passagem de 2005 para 2006, a banda Bratři Orffové faz um som que, numa tentativa frustrada de se economizar em palavras, poderíamos definir como tão longínquo quanto atemporal, tão universal quanto bucólico.

Electrofolk, neofolk, folktronica: não faz diferença o termo utilizado para definir o trabalho dos Irmãos Orff, em que a temática do folclore tcheco não esgota o conteúdo da banda, mas, sim, funciona como uma saída para ir do particular ao universal. E para isto basta vivenciar o primor com que o grupo busca novos arranjos e sonoridades para, aliado à poesia quasi dadaísta das letras, transmitir a sensação do transcendental, do desligamento das coisas rotineiras que não exige necessariamente a fuga para campos distantes, como bem demonstra o clipe da canção Na hadím ocase. Destaque também para a ótima Vzduchem Piad e para a releitura da canção folclórica do povo tártaro Onyta Almyim.

A discografia ainda reduzida não foi obstáculo para que Bratři Orffové invadisse a semana da República Tcheca nas pílulas do programa Invasões Bárbaras, passando também a ser presença no setlist dos Djs Bárbaros, por ser o tipo de música eletrônica de que até o Costoli gosta. Conhecer e ouvir o trabalho da banda nos deixa mais ansiosos por mais um álbum repleto de combinações musicais reconfortantes e inventivas.
 
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quinta-feira, abril 26, 2007
Cumbia villera
A cumbia villera é um ritmo que ganhou expressão na cena musical da Argentina a partir de 1996 e é muito popular nas "villas miséria" ou "villas de emergencia" (bairros pobres, que podem ser comparados as nossas favelas).

A cumbia villera é inspirada na cumbia, ritmo que nasceu na Colômbia e tem influências de negros e índios. O ritmo de nosso hermanos se diferencia de suas raízes musicais e se torna genuinamente argentino através do conteúdo de suas letras.

A versão argentina da cumbia se tornou um pouco mais conhecida no Brasil com a ajuda do atacante argentino Carlitos Tevez. Ele comemorou muitos gols com a camisa do Corinthians ao ritmo da cumbia e tem uma banda na Argentina, chamada Piola Vago.

Tevez nasceu em um bairro pobre da Argentina e é ídolo de muitos jovens, que como ele, viveram uma infância sofrida e cheia de privações. Jovens que, ao contrário de Tevez, seguem pobres, e se juntam ao grande número de desempregados e trabalhadores informais do país.

A economia da Argentina se desintegrou nos anos 80 e 90. Indicadores de 2006 apontam que 27% dos jovens se encontram desempregados, e, entre os empregados, mais de 1 milhão têm empregos informais e ganham em torno de 300 pesos.

Muitos desses jovens se denominam "pibes chorros" e têm na cumbia villera uma forma de expressar sua realidade. As canções falam de drogas, álcool, do ódio da polícia, de uma vida suja e cheia de perigos.
 
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terça-feira, abril 24, 2007
Nesta terça, às 19h, Cingapura no Agenda
Mandarim Pop

Wayne Lin Jun Jie, mais comumente chamado JJ Lin, é um jovem sucesso de Cingapura. Descendente Fiji, estourou na região da grande China, particularmente em Taiwan. Surgiu em 2003, e foi agraciado com o prêmio de revelação do Taiwan Golden Melody Awards.

Ao todo, já lançou 5 álbuns de Mandarin Pop, estilo que você curte na noite de hoje, na apresentação do nosso carismático amigo Vetrô. O clipe dessa semana é da música Wang ji, um romântico panorama de um mundo apocalíptico.

Lin Jun Jie
Clipe: Wang Ji- Cingapura

19h - Agenda
Rede Minas de Televisão
Canal 9 na tv aberta
Canal 20 na tv paga
Reprise - 01h
 
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segunda-feira, abril 23, 2007
Essa semana no Blog Invasões
E não é que a gente conseguiu colocar todos os textos?! Estamos muito felizes, por isso continuamos a nossa campanha: "Texto todo dia... útil"!

Terça: Mantendo a tradição, Costoli não entrega um texto, mas sim um teaser.

Quarta: Vetrô Gomes, sempre de caso com a Ásia, fala sobre o primeiro ritmo criado pelo Invasões: o Eletrocáucaso.

Quinta: Capixaba continua a escrever sobre o metal DU MAU! O Black Metal!

Sexta: O nosso querido baianinho fala de Bartri Orffrové, uma banda de electrofolk da República Tcheca.

Não percam nenhum desses textos e torçam, mais uma vez, para que todos entreguem no prazo.
 
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sexta-feira, abril 20, 2007
Nosutarujikku

Graças ao futebol, a banda japonesa Porno Graffitti ficou conhecida no Ocidente. Isso porque em 2002, eles foram escolhidos para tocar na abertura da Copa do mundo (pra quem não lembra, as sedes foram Japão e Coréia) e compuseram a música Mugen, uma palavra que em japonês tem dois significados "Infinidade" e "Fantasia", bem apropriado para uma cerimônia de abertura de Copa.


E assim aconteceu para o Porno Graffitti. Uma banda já consagrada no Japão, conseguiu seu passaporte para a Europa. Mas o apelo multi-cultural desses roqueiros de Hiroshima é mais evidente nos títulos de suas músicas, a começar por um single de 2000 chamado "Saudade". E não para por aí, existem títulos em espanhol (Yo Bailo), em francês (Dessin) e diversos outros em inglês.


O nome foi tirado do álbum do Extreme, lançado em 1990, Pornograffitti. Oito anos depois, 4 garotos de Hiroshima se juntam e formam a banda. Para saber um pouco do som, é só entrar no nosso podcast e ouvir Melissa ou ainda acessar http://www.youtube.com/watch?v=cOimw-7BDgE e ouvir Saudade.
 
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quinta-feira, abril 19, 2007
Metal do Mal!!!

Um som bem agressivo, com letras muitas vezes voltadas para temas satânicos, criadas por músicos não muito bonzinhos. Esse é o Black Metal, um subgênero do metal, que evoluiu do Trash Metal no início dos anos 80.

Esse estilo musical surgiu na Inglaterra com a banda Venom. Em 1982 o grupo lançou um cd chamado Black Metal e começou a popularizar o nome. A participação da Noruega começou a ser significativa a partir da década de 90 com a chamada "segunda onda do Black Metal". Nesse cenário surgiram bandas de destaque como: Burzum e Mayhem.

Integrantes das duas faziam parte de um dos movimentos mais criticados e polêmicos relacionados ao Black Metal. O Inner Circle, que reunia membros de várias bandas do país e buscava a eliminação de todas as religiões cristãs da Noruega.

Nesse período os membros do Inner Circle queimaram e danificaram inúmeras igrejas na Noruega o que provocou protestos visando a expulsão do Black Metal do país. E não foi só os templos que sofreram danos.

Euronymous, líder da banda Mayem e fundador do Inner Circle, foi assinado por Varg Vikernes, da banda Burzum em 1993 em um dos episódios sinistros da história do Black Metal norueguês.

(na foto, uma das igrejas queimadas na Noruega)


Continua...
 
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quarta-feira, abril 18, 2007
Som a Laser
Basicamente, pode-se definir o raio Laser como sendo o resultado da transformação da energia luminosa concentrada em um raio único. Foi Albert Einstein o homem por trás da descoberta do princípio físico que permitiu o nascimento do raio mais famoso do cinema.

A palavra LASER corresponde à sigla: luz amplificada pela emissão estimulada de radiação (do inglês: light amplification by stimulated emission of radiation). Ciência e Medicina sempre tiveram a descoberta em alta estima, pelas inúmeras possibilidades que ela abria. Ainda assim, perdiam em empolgação para o cinema, que foi mais longe: raios destrutivos, reparadores, sabres, desintegrantes, gama, sistemas de segurança, raios oculares, detentores de ectoplasmas... a origem altamente tecnológica era o pretexto pra que o laser fosse usado em todo o tipo de referência ao futuro.

Já na década de 60 o Laser começou a ser utilizado em tratamentos de pele. Hoje ele serve a tratamentos oculares (que custam os olhos da cara) e algumas das previsões da ficção acabaram se confirmando. Principalmente no campo dos eletrônicos, onde a chegada do Laser teve papel determinante na entrada da era digital. E foi na forma de cd que o Laser entrou pro mundo da música.

O Laser não tem sentimentos. Ele não é mau. Ele não é bom. Ele é técnica e tecnologia, ele é o uso que se faz dele. Às vezes ele é usado como adorno. Outras vezes, ele é usado como metáfora de modernidade. E algumas vezes, ele é usado sem critério algum...
 
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terça-feira, abril 17, 2007
Die Beste Band Der Welt
Famosa entre 9 em cada 10 aficionados pelo idioma alemão, a banda Die Ärzte tem 25 anos de uma carreira sólida e uma vasta discografia. O estilo da banda é marcado pelo punk rock recheado de humor e de irreverência, o que se traduz nas letras e também nas canções, cujo ritmo e melodia variam bastante conforme a atitude que se quer imprimir.

Pouco temos a acrescentar em relação a uma banda tão bem conhecida e bem documentada, mas é interessante anotar a relação da banda com o nosso trabalho do Invasões Bárbaras. Die Ärzte tem muito em comum com a nossa proposta e formato, seja pela atitude punk e iconoclasta, pelo humor que se propõe refinado e que alfineta críticas sociais com leveza de espirito, seja pela música feita de forma descompromissada como que dizendo "escute-nos, mas nem precisa nos levar tão a sério se achar que não é apropriado" ou, ainda, pela capacidade de reunir sonoridades diferentes numa salada em que a forma está a serviço do conteúdo.

Recentemente em uma reunião de programação musical dos Djs Bárbaros comentei que Die Ärzte tinha a cara do Invasões. Esse meu comentário foi logo rechaçado por falas como "Que absurdo! Mas por quê? É apenas uma banda comum, é muito ocidental, a "cara" do Invasões é o Daler Mehndi!".

Ora, quem ainda acha que Die Ärzte é apenas mais uma banda ocidental como qualquer outra e que não acrescenta nada sobre a cultura de seu próprio país deveria primeiro procurar conhecer melhor o trabalho da banda. Além do mais, Daler Mehndi é a cara do Vetrô, isso sim, e ser a "cara" do Vetrô não o credencia automaticamente para ser a cara do Invasões. Daler Mehndi é expoente do bhangra, um ritmo popular, diria até popularesco da Índia e Paquistão, e o simples fato de ser exótico ao nosso olhar não o torna a síntese da proposta de trabalho do projeto Invasões Bárbaras. Até porque, se primarmos sempre por realçar o aspecto exótico dos nossos artistas globais estaremos fugindo da nossa proposta: promover a ponte entre as diversas culturas, mostrando os artistas inseridos no seu contexto social e não fazendo um mero safári musical como muito já vem sendo feito por outros programas. O Invasões não pode ter como ícone um artista cujos aspectos que saltam aos olhos são as dancinhas e a barba por fazer, quando há tantos outros que se propõem a dizer mais sobre a música e sobre sua cultura, e isso não só na Alemanha, mas na África do Sul, no Quirguistão, no México e por aí vai.

Isto posto, em breve traremos aqui no blog algumas letras da banda Die Ärzte para que a proposta da banda seja melhor compreendida. O nome Die Ärzte, que quer dizer "os médicos", foi escolhido porque, em visita a uma loja de discos, os integrantes da banda perceberam que não havia nenhuma outra cujo nome começava com "a", e que portanto havia uma lacuna a ser preenchida. E, por fim, a explicação do título: Farin Urlaub, Bela B. e o chileno Rodrigo Gonzáles se autodenominam "Die beste Band der Welt" (A melhor banda do mundo" não por falsa modéstia exacerbada, mas puramente em referência ao Kiss, que por sua vez se considera "The hottest band in the world" (A banda mais quente do mundo). Mais uma vez fica o recado: não precisamos ser levados tão a sério.
 
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segunda-feira, abril 16, 2007
Calendário
Mudamos de vez e agora é texto todo dia... útil. De segunda a sexta, teremos uma seleção de informações, opiniões e comentários para você, leitor do nosso blog, ficar mais informado sobre a música do mundo.

Terça: Hidson Guimarães escreve sobre a melhor banda do mundo, a alemã Die Ärtze

Quarta: Dando pano para manga, Igor Costoli defende sua mulher, Maria Daniela, contra as
palavras de Hidson Guimarães

Quinta: Igrejas queimadas, som pesado, adoração a entidades subterrâneas e outras coisas legais no Black metal, com Tiago Capixaba

Sexta: Vetrô Gomes, na Ásia, falando sobre Porno Graffitti, que não é uma forma ousada de pichar muros, mas sim uma das bandas japonesas de maior sucesso na atualidade.

Agora, é só rezar, pedir que tudo dê certo para que a gente consiga entregar tudo isso a tempo.
 
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sábado, abril 14, 2007
Às voltas

Como falamos no texto Hallyu Você, o mercado cultural coreano exporta seus produtos para vários países vizinhos devido a alta qualidade e baixo custo das produções.

Com essa importância regional, a música coreana é dominada por grandes empresas que produzem os artistas, organizam coletâneas comemorativas e ditam como o mercado coreano deve ser. Alguns artistas se sentem frustrados criativamente por essa lógica, que prioriza as boys/girls bands e artistas adolescentes.

Para se satisfazer artisticamente, alguns interpretes procuram a carreira solo, como é o caso de Tony An. O rapaz da foto acima não quis seguir essa lógica coreana e, tentando mudar, criou a TN Entertainment, um espaço para produzir sua música e a de seus amigos.

Por fim, Tony An se tornou um grande empresário coreano com uma linha de uniformes escolares e uma gravadora, mas não desistiu da sua música. Seu último CD, Yutzpracachia's Love, emplacou 3 sucessos no top 20 coreano. Com um som mais maduro que o dos seus dias de H.O.T., Tony tenta, ainda que timidamente, abrir um espaço para os artistas diferentes do que predominam na Coréia. Para curtir o mais novo som de Tony An é só conferir o clipe de Yutzpracachia's Love em http://www.youtube.com/watch?v=Gxj5JXaBrnM.
 
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quinta-feira, abril 12, 2007
Latino. Alternativo?

O mercado fonográfico cria rótulos para posicionar seus produtos de forma mais atraente nas prateleiras do capitalismo mundial. Nesse contexto a classificação ‘Latin Alternative’ (alternativa latina) nos fornece um bom exemplo. Cunhada por executivos de gravadoras mexicanas no fim da década de 90 a expressão carregava a intenção de buscar um distanciamento dos cantores latinos que lideravam as paradas norte-americanas: Ricky Martin e Shakira.

Na prática, fica difícil encontrar pontos comuns entre os artistas que recebem este rótulo e a música que eles fazem na maioria das vezes não tem nada de alternativa. A salada é imensa e vai desde o hip hop do Cartel de Santa, ao rock escrachado do Molotov, passando por Café Tacuba, Julieta Venegas, Plastilina Mosh e outras bandas e cantores que tem pouca coisa em comum, além do fato de falarem a mesma língua.

Com as conferências realizadas nos Estados Unidos e o grande número de imigrantes e pessoas de origem latina no país, certas bandas começam a ter seus nomes mais conhecidos e seus discos mais vendidos. A conferência anual acontece sempre em New York e caminha para a sétima edição.

This is latin and alternative music, baby!!
 
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quarta-feira, abril 11, 2007
Nesta quinta, às 19h, Tailândia no Agenda
Katreeya English nasceu em 04 de setembro de 1976. Filha de pai britânico e mãe tailandesa, ela é cantora, modelo e atriz, e sua carreira é expressiva no sudeste asiático.

Já trabalhou na TV, em filmes e entre os comerciais que já fez estão trabalhos pra Lux e Coca-Cola. Ao todo, lançou 12 álbuns, é a clássica diva pop, com alguma referência dance e uma pitada latina em seu estilo. E ela vai ao ar hoje!

Agora, uma conclusão interessante: quem acompanha o Invasões Bárbaras no Agenda já deve ter percebido o quanto a cultura do karaokê é forte na Ásia. O que não é um defeito em si, mas uma evidência curiosa da cultura local.

Katreeya English
Clipe: Ruk Tur kon diow Tailândia

19h - Agenda
Rede Minas de Televisão
Canal 9 na tv aberta
Canal 20 na tv paga

 
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terça-feira, abril 10, 2007
País das maravilhas bem cozido e o fim do mundo

O Rock progressivo e suas insanas combinações de palavras estão entre nós há muito tempo. Para quem não conhece o ritmo, ele é um rock mais elaborado, que procura fugir das limitações populares. As músicas são feitas para serem analizadas, estudadas e apreciadas por aqueles que conhecem música. A banda mais bem sucedida do Rock Progressivo é o Pink Floyd.


Em Shangai, numa cena alternativa dominada pelo Britpop, uma banda de rock progressivo tem chamado bastante atenção. Essa banda é o Cold Fairyland. O vocalista, Lin di, diz que se inspirou num romance chamado "Hardboiled Wonderland and the End of the World" para achar o nome. Esse livro já teve seu título adaptado para "Frozen Fairyland", "Cool Fairyland" e "Cold Fairyland"


O objetivo da banda é fazer uma mistura entre a música tradicional chinesa e o rock. Nas palavras do vocalista da banda, eles pertencem a música folclórica chinesa, mas que é difícil rotular uma banda que traz contradições até no nome.

 
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quinta-feira, abril 05, 2007
Diz iz ris lenguage

Ravi é o nome do Sol no hinduísmo, mas também é o nome de um baixinho, ruivo, de bigode, nascido na noruega e que, atualmente, é um dos mais inteligentes e interessantes compositores da Terra dos Vikings, aqueles marinheiros loiros.

Ivar Christian Johansen' virou seu nome ao contrário e virou Ravi, um cantor de hip hop. Em parceria com Anders Løvlie vem lançando discos em uma língua própria. Como o nosso título em "inglês" sugere, Ravi & Dj Løv compõem e cantam suas músicas numa língua sonora, que ao invés de levar em conta a gramática e as regras normais do norueguês, traduzem a fala de forma literal.

O hit que os levou ao estrelato foi a regravação da música "Cheerio" da banda também norueguesa The Monroes, o novo nome ficou Tsjeriåu. O divertido clipe da música pode ser conferido em http://www.youtube.com/watch?v=vSzbg83bcwI

Já nós, os Invasores, utilizamos uma música mais recente da dupla quando fizemos nosso programa sobre a Noruega. No podcast, você pode ouvir UtadæSjæLopplevelse, a única música que Hidson Guimarães não sabia falar o nome.
 
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quarta-feira, abril 04, 2007
Hebraico x Português
SHIRAT HASTICKER/ CANÇÃO DOS ADEVISOS

Dor shalem doresh shalom,/ Toda uma geração exige a paz,
tnu tzahal lenatze'ach,/ deixem o Tzahal vencer,
am chazak oseh shalom,/ um povo forte faz a paz,
tnu letzahal lekaseach,/ deixem o Tzahal devastá-los,

ein shalom im aravim/ não há paz com árabes,
al titnu lahem rovim/ não deem a eles maiorias,
kravi zeh hachi achi/ combatente é o mais companheiro
gius lekulam, ptor lekulam,/ Serv. Mil. pra todos ou pra ninguém
ein shum ye'ush ba'olam/ não há desespero no mundo
yesha zeh kan/ Cisjordânia e Gaza são aqui
na nach nachman me'uman/ na nach Nachman de Uman
no fear, mashi'ach ba'ir/ sem medo, o Mesias está aqui
ein aravim ein pigu'im/ sem árabes, não há atentados

bagatz mesaken yehudim/ Suprema Corte prejudica os judeus
ha'am im hagolan/ o Povo com o Golan
ha'am im ha transfer/ o Povo com o Transfer
test beyerka/ teste em Yerka
chaver, atah chaser/ amigo, você faz falta
hakadosh baruch hu/ O Eterno, abençoado seja
anachnu bocharim becha/ nós votamos em você
b'chirah yeshirah zeh rah/ eleição direta é ruim
hakadosh baruch hu/ O Eterno, abençoado seja
anachnu kana'im lecha/ nós o invejamos
yamutu hakana'im/ morte aos invejosos

kamah ro'a efshar livlo'a/ Quanta maldade se pode engolir?
aba terachem aba terachem/ pai, tenha piedade (2x)
kor'im li nachman ve'ani/ meu nome é Nachman e eu sou
megamgem/ ga-gago
kamah ro'a efshar livlo'a/ Quanta maldade se pode engolir?
aba terachem aba terachem/ pai, tenha piedade (2x)
baruch hashem ani noshem/ Graças a Deus, eu respiro...

medinat halachah - halchah hamedinah/ Estado religioso é um Estado perdido
mi shenolad hirvi'ach/ quem nasceu se deu bem
yichyeh hamelech hamashi'ach/ viva o Rei Messias!
yesh li bitachon bashalom shel sharon/ Tenho segurança na paz de Sharon
chevron me'az uletamid/ Hebron sempre foi e sempre será
umi shelo nolad hifsid/ e quem não nasceu se deu mal
chevron ir ha'avot/ Hebron dos Patriarcas
shalom transfer/ A paz do Transfer
kahane tzadak/ Kahana estava certo

CNN meshaker/ CNN mente
tzarich manhig chazak/ precisamos de um líder forte
sachtin al hashalom/ Viva a paz!
todah al habitachon/ Obrigado pela segurança!
ein lanu yeladim lemilchamot/ Não nos restam filhos para guerras
meyutarot/ desnecessárias
hasmol ozer la'aravim/ a Esquerda ajuda os árabes
bibi tov layehudim/ Bibi é bom para os judeus
posh'ei oslo ledin/ criminosos de Oslo ao tribunal
anachnu kan hem sham/ nós aqui, eles lá
achim lo mafkirim/ irmãos não desertam
akirat yeshuvim mefaleget et ha'am/ desmanche do assentamento divide o povo
mavet lebogdim/ morte aos traidores
tnu lachayot lichyot/ deixem os animais viverem
mavet la'archim/ morte aos valores!

kamah ro'a efshar livlo'a.../ Quanta maldade se pode engolir?
(x3)/ (x3)
Lechasel, laharog, legaresh,lehat'ot/ Liqüidar, matar, expulsar, deportar,
lehadbir, lehasgir, onesh mavet/ higienizar, trancar, pena de morte,
lehashmid, lehakchid, lemager, leva'er/ secar, aniquilar, serrar, queimar
hakol biglalcha, chaver/ tudo por você, amigo.

Fonte:
www.habonim-rio.org
 
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segunda-feira, abril 02, 2007
Adesivos, literatura e música

A vida cotidiana inspira a literatura, que por sua vez ganha novas interpretações através da música. Olhos e ouvidos atentos e a matéria-prima pode estar em qualquer lugar: em uma conversa no ônibus, um dia ensolarado, ou, até mesmo em adesivos pregados nos carros que se aglomeram nas cidades.

E foi em Israel que as mensagens pregadas nos automóveis viraram letra de poema, que por sua vez virou letra de uma canção. Shirat Hasticker: a canção dos adesivos. Um modo interessante de desvendar uma pequena parte do jeito de pensar de um povo. O escritor israelense David Grossman fez o recorte inicial e a banda Hadag Nahash transformou literatura em hip hop.

A tradução do nome do grupo nos leva a uma palavra estranha: Peixe Cobra. Na verdade a denominação é um anagrama e faz alusão a um adesivo. Esse fica pregado nos carros dos jovens israelenses que acabaram de tirar carteira de motorista. Exatamente o público do Hadag Nahash, alvo das discussões presentes em seus shows e que saltam de sua música.

Política, cultura e informação estão cravadas em Shirat Hasticker. Nesta terça-feira, dia 3, vocês vão conhecer a tradução da canção dos adesivos.

Shalom!!!
 
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