sexta-feira, junho 29, 2007
Laranja Mecânica
Há algo de interessante na região de Okinawa, que faz dela celeiro de bandas e artistas como Amuro Namie, Speed, Hajime Chitose, Da Pump, dentre outros. Talvez a presença de bases militares americanas faça da vida noturna do lugar tão movimentada. Várias boates, discotecas e outros estabelecimentos abrem espaço para um convívio de bandas e artistas, e é da noite que vem a banda Orange Range.

Os seis integrantes da banda fazem um som que parece resumir a maneira japonesa de fazer música: muitas influências, e espaço para todas elas. Os elementos mais fortes do OR são o Hip Hop e o pop/rock, mas em seu som também se encontram um pouco de blues, r&b e música tradicional.

Nem tudo são flores na carreira da banda, que foi acusada de plágio por causa exatamente do single que os lançou: "Locolotion". Você pode inclusive compará-lo com a canção "Locomotion" da banda Grand Funk Railroad, e com a da cantora Carole King.

Judicialmente, treta resolvida, principalmente depois que os 'laranjas' foram apadrinhados pela Sony Music, que creditou a canção como cover de Carole King. E o sucesso da banda permanece estrondoso de 2002 pra cá. Além de terem suas músicas na trilha de animes famosos (Naruto, Bleach), o Orange Range está também na trilha do Quarteto Fantástico, com o remix de Kirikirimai.

 
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quinta-feira, junho 28, 2007
Dementes no espaço
Conforme prometido, estou entrando numa moda que começou há algum tempo aqui no blog e vou postar a letra da música Dementes en el espacio:

Y vamos enloqueciendo a bordo de un planeta,
que gira como perdido en el abismo indiferente.
De un espacio hasta siempre,
y para todos lados,
en la locura de la locura,
en donde nada está apoyado
En el insignificante punto que me corresponde,
en la conquista de mi cielo donde ya no tengo nada.
En la intocable profundidad,
de la eterna línea redonda,
en donde siempre los pisos,
se desfondan
En donde el tiempo alcanzará por siempre,
y yo sin tiempo para nada,
en el cruel navío sin las costas del océano,
en el afuera mismo de mi adentro,
en el rumbo fijo sin rumbo,
en las vueltas y vueltas,
dando tumbos
Seguimos enloqueciendo a bordo de un planeta,
que gira como perdido en el abismo indiferente.
De un espacio hasta siempre,
y para todos lados,
en la locura de la locura,
en donde nada está apoyado.

E aí está...
 
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quarta-feira, junho 27, 2007
Inglês? É xhosa!
A banda sul-africana Freshlyground reúne vários músicos da África do Sul e de países como o Zimbábue e Moçambique para fazer uma mistura musical conforme manda o figurino da world music: música local folclórica com muito blues e jazz para não agredir os ouvidos dos europeus. Para um país multicultural como a África do Sul, isso é algo que dá para tirar de letra e é até esperado.

O destaque da banda fica por conta da voz proeminente de Zolani Mahola, que canta algumas canções em xhosa, idioma local do sul da África (o grifo é nosso para que não venha alguém chamar esta língua de dialeto). Freshlyground lançou até agora dois álbuns, Jika Jika em 2003 e Nomvula em 2006, com a imensa maioria das músicas em inglês. Mas o trabalho da banda é tão destacado que valeu a pena filtrar algumas canções em xhosa e trazer o Freshlyground na semana especial do Invasões Bárbaras sobre a África do Sul, conforme poderemos conferir logo, logo em nosso podcast.

Dignas de nota são as canções Zithande e Mowbray Kaap. A primeira foi lançada no álbum Nomvula; a segunda, já presente no CD Jika Jika, tem só o refrão em inglês, a única parte da letra que eu entendi, claro. É interessante não só pelo ritmo, arranjos e interpretação, mas porque traz a idéia de uma África unida.
 
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terça-feira, junho 26, 2007
En ritmo de pelota

Bem, amigos do Invasões Bárbaras começou mais uma Copa América. Eles gastaram mais que o dobro, os ingressos na mão dos cambistas chegam a custar 20 vezes mais e o Borghetti foi cortado da Seleção Mexicana. Fora isso, o Peru mostrou que tem tudo para crescer na competição e a Bolívia mostrou que realmente tem gás, ao correr mucho atrás de um empate com a Venezuela. Se você acha que até o momento este texto não fez o menor sentido, você está cierto. Afinal, tudo isso não passa de um teaser!!! (rá!!!)

A rádio UFMG Educativa estreou hoje, mais cedo, o "Nós gostamos de Copa América", e adivinha quem levou a trilha sonora??? Claro, o Invasões!!!

Não perca, sexta-feira tem mais, com músicas de nossos hermanos latino-americanos...

Tem a banda do Tevez, muitas músicas que usam o fútbol como tema e ainda um mexicano que lançou um álbum inteiro inspirado no futebol.

Sempre na véspera dos juegos de Brasil.

Próximo programa:
Nós gostamos de Copa América!!!
Sexta-feira - 20h
104,5 FM

Hasta luego!!!
 
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segunda-feira, junho 25, 2007
Cronograma dessa semana no blog do Invasões
Essa semana, sem muitas delongas, vamos aos textos:

Terça: Tiago Capixaba aproveita a ocasião e fala sobre a Copa América.

Quarta: Hidson Guimarães retorna à África do Sul e fala da banda Freshlyground

Quinta: Vetrô Gomes adere à lei do menor esforço e posta a letra de Dementes en el Espacio, sucesso do La renga.

Sexta: Igor Costoli Chega ao Japão e fala da banda, Orange Range.

Vejo vocês aqui durante a semana. Abraço.
 
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sexta-feira, junho 22, 2007
Dialectos de Ternura
A língua é a mesma mas nem sempre conseguimos entender tudo que eles estão cantando. Como prometido segue a letra da música Dialectos de ternura, da banda portuguesa Da Weasel, um dos grandes nomes do hip hop português. E também o clipe pra você, e eu e todo mundo cantar junto!!!



"Yoo. Ela diz que me adora quando a noite vai a meio
Eu sinto-me melhor pessoa, menos fraco, feio
Passa o dedo na rasta com a mão bem suave
Encosta o lábio no ouvido e diz-me: queres que a lave?
Vamos para o chuveiro e ela flui com a água,
Lava-me a cabeça, a alma e qualquer réstia de mágoa
Diz que o meu amor lhe dá um certo calor na barriga
É aí que eu sei que quero ser para sempre aquele nigga
Que lhe mete a rir, rir, quando eu lhe faço vir
Da terra até à lua mano, é sempre a subir...
E somos grandes, gigantes com dez metros de altura
Falamos vinte línguas, dialectos da Ternura. Tipo...

(Refrão:)
Uhhh, uhhh!
Yeah, yeah!
Faz, faz!
bébé (2x)

Água morna em pele quente poro aberto não perfura
a minha alma já tá nua e eu faço-lhe uma jura, jura
Para sempre teu depois da noite volvida
Um segundo ao teu lado já preenche uma vida
O conceito de tempo não entra na sensação
Aquilo que vivemos tá gravado no coração
Segura na minha mão e continua a canção
É a melhor que já ouvi reinventaste a paixão
Ela diz que me adora quando o dia vai a meio
O copo passa de meio vazio para meio cheio
A palavra ganha vida e fala à minha frente
Sigo calmo atrás dela deixo crescer a semente. E Diz-me:

(Refrão 4x)

Em cada beijo há uma frase, em cada frase há um verso
Em cada verso há um lado do lado inverso
De uma história que assombra a memória
Da leveza irrisória de uma conquista notória
Faço V de vitória, porque hoje eu sou rei
Ao lado da rainha com que sempre sempre sonhei
Foi por isto que esperei, em cada noite que amei
Ou pensei que amei porque é agora que eu sei
A razão da palavra consagrada
Que tanta gente dá à toa em troca de quase nada
Ela não tá espantada, pelo contrário, relaxada
Revê-se na expressão da expressão enamorada. E diz-me:

(Refrão 10x)

uhhh, uhhh!
yeah,yeah!"
 
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quinta-feira, junho 21, 2007
sobre meninos e loucos
Nesta sexta, a terceira edição do nosso programa semanal vai ao ar, e com uma participação muito especial: Fábio Massari.

No final de março, Massari passou por BH para o lançamento de seu livro "Zappa - Detritos Cósmicos", sobre um dos grandes loucos da música mundial. Nosso primeiro gancho foi ele mesmo, Frank Zappa, o piradão da música mundial. Mas a conversa seguiu também por outros caminhos musicais.

O programa Mondo Massari, especializado em tocar o lado B da música ao redor do mundo, pode ser considerado parente do Invasões Bárbaras. Fábio defendeu uma idéia que a televisão apostou "médio" e que muita burocracia atrapalhou o caminho. Isso pra nós foi espantoso, porque sempre achamos que o suporte de uma MTV permitiria um fôlego tremendo a um projeto que é quase um tio do Invasões. O programa, saudoso entre fãs de música, ficou no ar por um ano, tendo sido extinto em 2001.

Massari, entretanto, não parou por aí. Continua com suas viagens e incursões literárias no mundo da música. 'Zappa' é seu terceiro livro, e ao que parece não deverá ser o último. Então não perca nossa conversa com ele, nesta sexta, às 23h, na sintonia da UFMG Educativa.

Da conversa com ele, ficou um pouco de experiência, uma aula de conhecimento, e um ânimo renovado pra seguirmos tentando derrubar o Império. Com a benção de um grande padrinho.

 
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quarta-feira, junho 20, 2007
Dançando com uma pata


O que mais me chamou atenção no La Renga foi o som. Pesado, agressivo, me agradou bastante. Não que tivesse algo de extraordinariamente diferente daquilo que eu estava acostumado a ouvir, na verdade, a única coisa diferente era a língua: o Espanhol.

Essa banda Argentina se juntou após fazer um show na virada de 88 para 89. Os integrantes Chizzo (vocais e guitarra), Locura (guitarra), Tete (baixo) e Tanque (bateria), resolveram continuar tocando juntos e isso deu muito certo.

Os dois primeiros álbuns da banda Esquivando Charcos (1991) e A Dónde Me Lleva La Vida (1993) são produções completamente independentes. A procura por A Dónde Me Lleva La Vida foi tão grande que o La Renga assinou um contrato com a Polygram para produzir e distribuir o disco, o que levou a banda para as turnês.

Locura acabou saindo da banda antes do grande sucesso, mas aproveitou bons quatro anos de viagem. Atualmente, a banda conta com mais dois membros Chiflo (saxofone) e Manu (gaita e guitarra). Ambos começaram como convidados e acabaram se tornando membros estáveis.

Desde 1993, foram lançados 7 cd’s: Bailando en una pata (1995), Despedazado por Mil Partes (1996), La Renga (1998), La Esquina del Infinito (1999), Insoportablemente Vivo (2001), Detonador de Sueños (2003) e TruenoTierra (2006)

O maior feito do La Renga é, sem dúvida, o show realizado no Estádio Monumental Antonio V. Liberti, o Estádio do River Plate. Num show em 2002, a banda colocou 70.000 pessoas no estádio para assisti-los tocar. Feito que alguns grandes nomes da música internacional, que também tocaram no estádio, não conseguiram superar.

Agora, voltando a história da língua. O La Renga é tão coerente em sua postura com relação a cantar em espanhol que no cd La Esquina del Infinito, eles trazem uma versão do clássico de Neil Young and Crazy Horse, “Hey Hey, My My” e apenas o refrão é cantado em inglês, todo o resto foi devidamente traduzido.

Para conhecer um pouco do som do La renga, basta clicar no nosso simpático ovinho e ouvir o programa da Argentina que figura a banda como atração principal.

 
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terça-feira, junho 19, 2007
Se estivesses aqui
A tradução de hoje é de uma canção da banda Kent, da Suécia, que foi tema deste post há três semanas. Esta música é uma das mais comerciais que a banda gravou, mas nada exagerado. Agradecimento a Virre e Aszev, ambos da Suécia, pela tradução para o inglês.

Om du var här - Se tu estivesses aqui
Kent (banda) - Suécia

Tid... Du är Dig inte lik - Tempo...Não és o que costumavas ser

Min knutna hand i fickan - Minha mão cerrada no bolso
Sömn... Jag kräver ingen sömn - Sono... Não reclamo nenhum sono
Jag vrider Mig på nålar - Eu me reviro em agulhas

Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Om Jag var där - Se eu estivesse aí
Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Idag, igår - Hoje, ontem
Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Inuti och utanför - Interior e exteriormente
Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Idag, igår - Hoje, ontem

Tid... Allt ska bli som då - Tempo... Tudo vai ser como está
Jag nöjer Mig med tystnad - Satisfaço-me com o silêncio
Språk... Jag behöver inget språk - Língua... Eu não preciso de língua nenhuma
med tiden på Min sida - Com o tempo do meu lado


Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Om Jag var där - Se eu estivesse aí
Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Idag, igår - Hoje, ontem
Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Inuti och utanför - Interior e exteriormente
Om Du var här - Se tu estivesses aqui
Idag, igår igen- Hoje, ontem de novo


Tid... och all Min energi - Tempo... e toda a minha energia
Slösar Jag på nålar... Eu gasto com agulhas

 
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segunda-feira, junho 18, 2007
Essa semana no Invasões Barbáras
Finalmente voltamos à nossa programação normal, mas até o fechamento desse post, a maior parte dos integrantes estava desligada ou fora da área de cobertura. Por isso, as piadinhas são bem genéricas:

Terça: Hidson Guimarães tenta outros métodos para escrever textos grandes e fazê-los parecer peqenos. O que será que acontecerá depois da redução da fonte?

Quarta: Vetrô Gomes volta a falar de bandas, mas inverte o mundo. Chega de Ásia, essa quarta fala do La Renga, o som pesado da Argentina.

Quinta: Igor Costoli já avisou. Mais um teaser, e dessa vez sobre o programa semanal de sexta-feira. Eu gostaria de dizer que isso é novidade, mas sabemos que não...

Sexta: Tiago Capixaba luta contra uma garganta inflamada que atrapalha sua digitação. Será que até sexta nosso companheiro estará pronto para postar?

Espero que aproveitem bastante os textos dessa semana.
 
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sexta-feira, junho 15, 2007
Primórdios, princípios e premissas
Tudo começou em meados de 2004, na finada república estudantil interestadual Casa da Resenha. Eu tinha um modesto arquivo em músicas da Noruega, Alemanha e Bélgica, conforme já comentei neste post. Ouvindo uma música aqui e outra ali do meu repertório, Tiago Capixaba foi se convencendo de que aquele material daria um bom programa de rádio com programação musical diversificada e informação rica e inédita.

- Mas será que a gente dá conta de produzir um programa destes? - perguntei. Na época ainda estávamos entre o 3º e o 4º períodos do curso de Comunicação Social, e tínhamos pouca prática em produção radiofônica.

- É claro que sim, Ronaldo. Eu até arrumei um contato com um rapaz que trabalha aqui perto, ele coordena uma rádio comunitária.

Depois descobrimos que a tal rádio havia sido fechada. De qualquer forma, eu já tinha escrito o projeto, incluindo um roteiro para o programa-piloto de nome provisório Conexão Mundo. Na época pensamos em um programa temático por país com 1 hora de duração, ao vivo. Hoje eu não sei se agüentaria ficar 1 hora no ar falando da Noruega, por mais que tivesse interesse neste país.

O projeto ficou arquivado, esperando uma oportunidade. Ainda não havia para nós a Rádio UFMG Educativa, o caminho natural para experimentações de estudantes de comunicação com propostas e formatos inusitados para o rádio. Eu e Tiago Capixaba seguimos trajetórias diferentes no curso, habilitações diferentes inclusive. Fui trabalhar numa emissora de rádio que tem uma proposta de programação louvável, eficaz até para fazer frente ao Império das grandes gravadoras, mas incompatível com o nosso projeto, pois só toca música brasileira.

Desde o projeto meu e do Capixaba as coisas já estavam bem claras na nossa proposta: queríamos tocar música estrangeira em língua não-inglesa, como forma de contrabalançar a primazia do inglês no mercado radiofônico, mesmo em países que não têm o inglês como língua nacional. Não queríamos limitar o nosso repertório à chamada "world music" nem ao cenário musical alternativo de cada país. O primeiro ponto se explica porque "world music" é, grosseiramente falando, um rótulo comercial criado por gravadoras americanas para identificar e comercializar a música dos países periféricos no que esta possui de exótico, inclusive fazendo uso de fusões de ritmos locais aos estilos preponderantes como rock, blues e jazz, o que torna esta música mais familiar e palatável aos ouvidos dos cidadãos de primeiro mundo. O segundo ponto se explica porque queremos mostrar que não é só o "alternativo" que constitui a produção musical dos países não-anglófonos, ou seja, o fato de não termos acesso à produção musical de tantos países não é porque aquela produção é considerada alternativa, fora do circuito mainstream da indústria fonográfica, mas primordialmente pela barreira da distribuição mercadológica que prioriza a produção em inglês. Ambos os pontos dizem respeito a que tanto no Brasil, como nos países de língua inglesa, como nos demais países, existe produção alternativa, existem os gêneros ocidentais, existe world music, existem tantos outros gêneros locais por descobrir, e que nossa idéia com o Invasões Bárbaras é promover a diversidade e a amplitude musical nossas e de nossos ouvintes.

Saindo de uma discussão que ainda tem muito o que render e enriquecer a todos, voltamos naquele momento da história em que eu e Capixaba nos deparamos com Vetrô, Costoli e a Rádio UFMG Educativa, não necessariamente nesta mesma ordem. Junta-se a fome com a vontade de formar, e aqui está o nosso projeto muito bem rebatizado de Invasões Bárbaras, com o sobrenome de "Músicas para derrubar o Império". Capixaba continua jurando que não viu aquele filme, e eu continuo lembrando ao Vetrô que "músicas" com o sentido de canções, composições individuais é um plural que só tem uso corrente na língua portuguesa.

 
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quinta-feira, junho 14, 2007
Cadê?

O caminho não é nada fácil. A internet é uma ferramenta que nos proporciona o acesso a uma infinidade de informações, um grande número de músicas, trabalhos, artistas... Mas é extremamente fácil ficar perdido em meio a isso tudo. Como reconhecer aquilo que é importante, coisas que realmente representem a sonoridade de um país? Como achar material em meio a línguas desconhecidas, palavras impronunciáveis e códigos aparentemente inquebráveis?

Muitas vezes tudo começa em conversas com intercambistas, em outras a sala de bate-papo é a ferramenta. Mas tudo isso não passa de um pontapé inicial para um processo de pesquisa que por algum tempo muda a rotina de cada um de nós. De repente, eis que você começa a cantar uma música do Uzbequistão no ônibus, repetir incessantemente aquele sucesso português e, até mesmo, chega a colocar aquela baladinha alemã como toque do seu celular. Em pouco tempo o disco rígido é todo deles, assim como os ouvidos.

É muita coisa... 200, 300 canções por país. Números que se reduzem drasticamente até se tornarem apenas dez, ingredientes suficientes para abastecer os armários de pílulas por uma longa semana. Um funil que começa com o pesquisador e chega ao fim em uma reunião com os quatro membros do Invasões. Mas nada é assim tão rápido e indolor...

UFMG, boteco, padaria, casa do Costoli, interfone, portão da garagem, risadas, brincadeiras, cerveja, idéias, música, piadas, mais música, defesas, críticas, comentários infâmes, pão com manteiga, observações, anotações, análises, ida ao banheiro, clipes, msn, relógio, ligação pra namorada, muita música, cortes, rótulos babacas, pão sem manteiga, cerveja, tirinhas malvadas, super homens babacas, jiban, mais um pouquinho de música, dúvida, folhas rasgadas, ligação da namorada, consenso, até a próxima sexta e não se esqueça: a culpa é sempre do Costoli.
 
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quarta-feira, junho 13, 2007
Para o alto, e avante!
Como vinha dizendo o Vetrô, 4 meses separaram a idéia da estréia. E se você acha que esse processo foi rápido, você não viu nada! Pouco antes da estréia do programa, falamos para a TV UFMG. Claro, nossa primeira entrevista tinha que ser "caseira", porque afinal poderia ter sido a única mesmo. Menos de um mês depois, contudo, descobríamos que esse pensamento subestimava, e muito, o Invasões Bárbaras.

- E aí, que é que você tá arrumando?
- Cara, tô num projeto que acho que dá uma boa pauta pra vocês...

E a entrevista acabou virando parceria. Da direção do Agenda partiu o convite para um quadro semanal, em que apresentamos os clipes que encontramos em nossa pesquisa. E assim, em agosto, apenas dois meses depois da estréia, invadíamos também a Rede Minas de Televisão. Como dizíamos, o programa é tão bom que anda sozinho... e estávamos errados de novo.

Em setembro passado, nossos amigos do Pílula Pop nos convidaram pruma conversa. O bom papo virou uma matéria divertida, talvez a que mais nos faça justiça até hoje. Exceto pela foto do cantor Moon Hee-joon, sempre a ilustrar nossas pesquisas. Já estávamos cansados de exibir a foto do coreano, quando eis que do seleto público do site, parte convite para uma nova conversa. Conversa publicada em outubro, no jornal de maior circulação do país.Resumindo uma história que está longe de seu final: O programa não anda sozinho, ele voa!
 
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terça-feira, junho 12, 2007
Era uma vez...

Tudo começou com a idéia de fazer um programa sobre músicas japonesas. É, bem limitado, um país só. Uma banda por programa, um programa por semana. Eu ia fazer sozinho e a idéia foi bem recebida na Rádio UFMG Educativa.

Mas aí, veio uma idéia do diretor da Rádio, Elias Santos: "E se você aumentasse o espectro e fizesse sobre outros países do mundo?". Eu achei a idéia ótima, mas eu não ia dar conta de fazer sozinho. Já desistindo da idéia, comentei com Tiago Capixaba, que disse: "Cara, eu e o Hidson tínhamos uma idéia parecida, porque a gente não junta?". Aí estava, um novo ânimo, mas esse ânimo era só para fazer um projeto experimental, nada de pílulas diárias de 7 a 10 minutos de duração... A gente só queria formar.

A idéia definitiva e perfeita veio onde todas as idéias definitivas e perfeitas vêm, numa mesa de bar. Chamamos Igor Costoli para se reunir conosco para ver se ele também queria formar com essa idéia, que na época, parecia ser muito fácil de executar. Ele topou na hora.

Algumas cervejas depois, todos vão para casa. E numa casual conversa de msn, Tiago Capixaba solta a máxima: "Cara, e se o programa chamasse Invasões Bárbaras?"

Eu achei o nome muito bom, mas respondi: "Ah nem, vai parecer aquele filme...". E ele "Não. Nem vi esse filme. Tô falando dos bárbaros romanos e tal. Que não falavam a língua do império."

E eu disse "Ah, tudo bem, mas acho que tem que ter um sobrenome (ou como alguns jornais mineiros gostam de falar, um epíteto), que tal: 'Músicas para derrubar o império'?"

E assim nasceu o Invasões Bárbaras. Quatro meses depois, estávamos entrando no ar, num dia dos namorados, como hoje, todos os dias, às 15:15, com reprise 00:30.
 
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segunda-feira, junho 11, 2007
Parabéns para nós
Amanhã, dia 12/06, o Invasões Bárbaras completa um ano no ar, na rádio UFMG Eductativa. Então, para comemorar, estamos com pílulas inéditas na programação e o nosso blog vai ser uma pequena homenagem.

Terça: Vetrô Gomes conta como tudo começou. Como uma pequena idéia pode se transformar nesse programa.

Quarta: Igor Costoli faz um teaser sobre como será o nosso segundo ano... Ou talvez não.

Quinta: Tiago Capixaba fala um pouco sobre como a gente faz para encontrar tudo isso que a gente toca aqui e mais.

Sexta: Hidson Guimarães fala sobre posicionamento político e critério de seleção do programa.

Espero todos vocês aqui durante essa semana muito especial para todos nós.
 
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sexta-feira, junho 08, 2007
Indicado pela Times
Eason Chan Yik-Shun (陳奕迅) não tem nada de mais. Ele apenas toca bateria, piano, guitarra, saxofone, acordeon, gaita, violino, órgão e trumpete. Além de compor suas músicas e cantar, lógico.

Chan é um fenômeno chinês. Na estrada há onze anos, Eason tem 44 cd's lançados. E U-87, lançado em 2005, pela sua atual gravadora, a cinepoly, foi indicado pela revista Times como um dos 5 cd's asiáticos que vale a pena comprar. O mesmo cd foi o mais vendido em 2005, em Hong Kong.

Bem, é um álbum bem dançante e, para quem gosta do gênero, realmente vale a pena comprar pelo cuidado de Chan com o trabalho. A gravadora deu total liberdade para ele produzir o cd, o que gerou um resultado que, nas palavras do próprio, o deixou muito satisfeito criativamente.

Para concluir, vale ressaltar que além de músico prolixo, Chan também é um ator, e também prolixo. Desde o início de sua carreira, foram 25 filmes, dos mais diversos gêneros. Para conferir um pouco do som do queridinho do pop chinês, segue o clipe de Fù shì shān xià, uma balada com participação de Selena Li.

 
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quinta-feira, junho 07, 2007
Guilherme Furioso
A banda de pop-rock Divokej Bill é originária de Úvaly, pequena cidade próxima à capital da República Tcheca, Praga. Esteve na semana das pílulas da República Tcheca com a música Čmelák, logo no primeiro dia deste país.

Divokej Bill (Divokej quer dizer "furioso") está longe de ser uma unanimidade. As composições são fáceis apesar de uma razoável multiplicidade de instrumentos, e as letras são consideradas meio grudentas pelas opiniões mais radicais. Já os defensores dizem que a banda busca fazer letras um tanto quanto conceituais.

O sub-gênero do rock ao qual a banda se vincula é difícil de ser precisado. Uns falam de folk-rock, outros de rock céltico e outros até de rock caipira, numa alusão às origens de cidadezinha da banda. De resto, os videoclipes sào razoavelmente bem produzidos e ajudam a reforçar essa idéia do conceitual presente nas letras.
 
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quarta-feira, junho 06, 2007
Kuduro
Das periferias de Angola surge o kuduro. Um ritmo que nasceu e ganhou bastante força na década de 90. O kuduro tem características do ragga, do hip hop e ainda de alguns gêneros musicais angolanos. Assim como no rap, os vocais são falados e utilizam rimas. Já o ritmo é bastante dançante e é comum encontrarmos adição de elementos eletrônicos nas músicas.

O kuduro também passou a se tornar popular em Portugal nos últimos anos. Levado por imigrantes angolanos, o ritmo começa a ganhar seu espaço, embora um pouco diferente do original.

Em Angola, o kuduro motiva discussões que geram certa polêmica. Muitos acusam os kuduristas de utilizar palavras obscenas e agressivas em suas letras, assim como de protagonizar episódios marcados por violência.

Mas, na prática, o kuduro representa a voz de grande parte da juventude angolana, a voz das periferias, a voz de uma realidade marcada por problemas sociais, bem conhecidos também pelos brasileiros.

O nome é inspirado no movimento realizado principalmente pelas mulheres ao dançar o kuduro. Kuduro então seria "cu duro", ou para ser mais preciso "bunda dura". Não por acaso, o ritmo e as danças sensuais lembram bastante o funk carioca.

Até a próxima...
 
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terça-feira, junho 05, 2007
O tango é um pensamento triste que se pode dançar
Se a origem do tango se compõe de algumas controvérsias e incertezas, cito dois nomes que o imortalizaram: bandoneón e Gardel. Datá-los com exatidão também não é possível, mas com esta dupla conta-se a história do estilo.

O bandoneón é o instrumento que dá ao tango o caráter regional, típico. Sua chegada à região do Rio da Prata, berço do tango, aconteceu por volta de 1900. Acompanhado por violino, piano e flauta, deu corpo à música que nasceu tendo o Uruguai como pai e a Argentina como mãe.

A origem de Carlos Gardel é ainda mais imprecisa, persistindo a polêmica sobre seu nascimento ter se dado em Tacuarembó ou em Toulouse, cidades muito próximas: a primeira é uruguaia, a segunda francesa. Gardel é considerado o maior cantor de tango de todos os tempos, e sua história merece um post próprio.

Fato é que foi em Buenos Aires que o bandoneón e Gardel foram abraçados. O tango é mundialmente reconhecido como argentino, e na terra dos hermanos é considerado patrimônio nacional. O título do post é de Enrique Discépolo, poeta argentino que nesta única frase resumiu um estilo mais do que em sua forma, mas para dentro de seu espírito.

Continua...
 
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segunda-feira, junho 04, 2007
Contagem regressiva
Conte nos dedos, faltam apenas 4 dias para nossa estréia como programa semanal. E para você ir se distraindo enquanto não pode nos ouvir por uma hora inteira, temos uma programação movimentada no blog.

Terça: Igor Costoli é uma caixinha de surpresas. Será que sai algum texto dessa vez? Ou continuaremos com a maior coleção de teasers da história da internet?

Quarta: Capixaba continua em terras lusófonas e fala do kuduru, um ritmo tipicamente angolano.

Quinta: Hidson Ronaldo continua seu rock tour pela europa, dessa vez falando da banda Divokej Bill

Sexta: Fechando a semana um texto sobre Eason Chan, o mais querido do pop chinês.

Até sexta no nosso programa semanal. Não perca!
 
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sexta-feira, junho 01, 2007
ESTRÉIA 08/06 - Invasões Semanais
Sim, sim. Daqui a exatamente uma semana, promoveremos nova invasão na sintonia da UFMG Educativa. O novo passo do projeto tem duração de uma hora, e vem com informação, irreverência e, principalmente, muita música.

Invasões Bárbaras Programa Semanal - 1h de duração


Mas quando? Na sexta-feira à noite. Transformando as músicas do mundo no ingrediente pro seu ataque noturno.

A partir do dia 08/06, toda sexta, às 23h
Alternativa: sábado, às 23h

Mas onde? Pelo horário, no carro... na freqüência do conhecimento. Mas quem tá em casa, e não pega o sinal, tem a Web como aliada.

UFMG Educativa - 104,5 fm
www.ufmg.br/online/radio
 
Psicografado por Costoli | Permalink | 4 comentário(s)