terça-feira, dezembro 26, 2006
Lá... Onde o sol nasce

O Japão é a segunda maior economia do mundo, é fortemente ocidentalizada, mas mantém algumas tradições. Uma delas é a valorização das artes que foram proeminentes na era Edo e meiji (idade média e moderna do japão), como pintura, teatro kabuki e dança.

Essa política japonesa influencia a população de uma forma diferente. Por exemplo, lá, os desenhos de animação, popularmente conhecidos como Animes, são vistos por todos sem nenhum tipo de preconceito. Os animes são tão, ou mais, importantes que a indústria cinematográfica japonesa.

Essa situação acaba afetando a música também. Grande parte das bandas que fazem sucesso no Japão começou fazendo trilhas para animes. Algumas famosas atualmente, como o Asian Kung-fu Generation, continuaram nesse trabalho mesmo após estourar no Japão.

Além de ser um passaporte para a fama no Japão, fazer trilhas de anime pode ser uma maneira de se tornar conhecido no Ocidente. O canal Cartoon Network dos Estados Unidos, tem um bloco de desenhos japoneses chamado Toonami e acaba ajudando a difundir as bandas japonesas por aqui.
 
Psicografado por Vetrô Gomes | Permalink | 3 comentário(s)
segunda-feira, dezembro 25, 2006
Desculpem
Bom pessoal, esse período de festas nos atrasou demais, mas não é por isso que iremos abandonar o Blog.

Mais tarde, entrará um texto do japão escrito por mim e tentaremos voltar ao nosso ritmo normal.

Um abraço e Feliz natal.
 
Psicografado por Vetrô Gomes | Permalink | 0 comentário(s)
domingo, dezembro 17, 2006
Rolou um clima na Noruega

Em meados de 2002, eu era o feliz colecionador de um modesto acervo de "Músicas Germânicas". Era assim que eu chamava as canções da Noruega e da Alemanha. O meu arquivo era uma espécie de embrião do Invasões Bárbaras. Mais tarde, juntaram-se à coleção de "Músicas Germânicas" algumas músicas cantadas em holandês. Só em 2006, ao fazer pesquisa para a programação do Invasões, eu descobri que estas músicas em holandês eram de bandas da Bélgica, e não da própria Holanda.

Foi também em 2006 que chegou ao fim o mistério mais intrigante que envolvia aquele meu reduzido acervo. As primeiras músicas que consegui da Noruega tinham um som inconfudivelmente country. "Onde estariam o rock, o metal, até mesmo o rap cantados em bom noruguês?", pensava eu. Uma dessas músicas chamou minha atenção, pois se tratava de um dueto bem produzido. A voz feminina, então, é muito bela.

Essa mesma canção, de nome "Mens Du Er Her" (Enquanto tu estás aqui, ou "enquanto estiveres aqui"), tinha um trecho curioso, bem no refrão, em que eu parecia ouvir a expressão "rolou um clima". Fiquei encucado, até porque essa expressão se encaixava no contexto da letra da música.

Pesquisando para a semana da Noruega, já em 2006 no Invasões Bárbaras, consegui que um conhecido norueguês transcrevesse a letra, que eu não tinha encontrado. Então o mais surpreendente foi que eu havia entendido razoavelmente, o refrão quase diz "rolou um clima". Na verdade, a letra, cantada em dialeto e não em uma das duas línguas-padrão da Noruega, dizia "hold omkring meg" que é pronunciado rolomkrima. Ou seja, para "rolou um clima" praticamente é só trocar o "r" depois do "k" pelo "l". Foi muito gratificante saber que eu não estava ouvindo e imaginando coisas. O trabalho do Invasões tem dessas coisas, a cada edição as surpresas não são poucas.

Digo isso também porque algumas semanas depois que passou o programa acabei descobrindo que esta canção country bem agradável, "Mens Du Er Her", interpretada por Steinar Albrigtsen e Lynni Treekrem, é na verdade a versão de For The Good Times, gravada, entre outros, por Al Green e pelo mito Elvis Presley. A composição é de Kris Kristofferson, norte-americano de origem escandinava, e a música faz parte de um CD-tributo a este compositor em que várias de suas músicas foram gravadas em versão em língua norueguesa. "Mens Du Er Her" tem lugar garantido no rol daquelas versões que saíram melhores que os originais, tanto pela letra quanto pela interpretação.

No fim das contas, portanto, a produção desta semana da Noruega acabou representando a solução de vários mistérios. Logo você vai poder ouvir o programa em que foi ao ar "Mens Du Er Her" em nosso podcast e saber mais sobre o astro da música country norueguesa, Steinar Albrigtsen.
 
Psicografado por Hidson Guimarães | Permalink | 2 comentário(s)
domingo, dezembro 10, 2006
Totalmente compatível

A viagem à Angola nos brinda com um encontro ao passado e elementos de uma realidade que se mostra na mesma freqüência do nosso presente. Temos a língua em comum e ritmos “irmãos” como o semba (angolano) e o samba (brasileiro). A origem do nosso samba é controversa, mas tudo indica que ele bebeu na fonte do semba para compor seus traços. As raizes dos dois ritmos nos mostram isso.

Viajando por Angola nos deparamos com a força das mulheres no cenário musical do país; são muitas cantoras de sucesso, nos diversos gêneros que compõe a rica sonoridade dos angolanos. Um fenômeno que cresceu nos últimos anos e fez com que essas mulheres desbravassem campos antes dominados pelos homens: como o Kuduru. Esse gênero musical tem ares de hip hop e contexto que lembra o funk brazuca. Muito forte nas periferias é mais um ritmo que poderá ser conferido na semana do Invasões Bárbaras que começa na segunda-feira (11/12).

A foto acima é de Margareth do Rosário, dona de uma das mais belas vozes da música angolana. Artista que em breve estará no nosso podcast, com o semba “Meu Marido”. Do mais, nos despedimos em português pela primeira vez e descobrimos que Angola também tem rock.
 
Psicografado por Tiago Capixaba | Permalink | 3 comentário(s)
quinta-feira, dezembro 07, 2006
E a colômbia? Como que é?


Hoje vou falar um pouco da Colômbia. A maioria das notícias que vêm de lá envolvem as organizações paramilitares que ocupam o território comlombiano. As FARCs, mais famosas de todas elas, ocupam o norte do país e usam o tráfico de drogas para financiar as suas operações.

A Colômbia é reconhecida mundialmente pelo som de Shakira, que estourou pela latinidade e por ser namorada do filho do presidente argentino Nestor Kirchner ( alguém lembra o nome dele, por que eu esqueci). Mas não podemos nos resumir a isso, temos a influência ameríndia, negra e européia que compõe toda a música da América Latina.

A artista deste post é ninguém mais, ninguém menos que Toto La Momposina, uma cantora que tem todas as influências que a Colômbia pode oferecer. Respondendo a nossa leitora .Fla., nem todos os programas estão no podcast, mas trabalhamos para tentar mantê-lo o mais fiel ao blog possível.

Qualquer outra dúvida, é só nos enviar um e-mail. Invasoes@gmail.com ou clicar na nossa simpaticíssima atendente de telemarketing e se virar com o outlook, a escolha é sua.
 
Psicografado por Vetrô Gomes | Permalink | 1 comentário(s)