sexta-feira, novembro 16, 2007
Reggaeton
Como o próprio nome indica o reggaeton tem sua origem ligada ao reggae jamaicano. Principalmente a dois de seus subgêneros: o raggamuffin e o dancehall. A bomba, ritmo tradicional de Porto Rico, e a salsa também fazem parte dessa fórmula. Assim como uma grande influência do hip hop.

A origem do reggaeton motiva discussões. Para alguns ele nasceu em Porto Rico, enquanto outras correntes de pesquisadores afirmam que ele teria sido criado no Panamá. Mas o fato é que os principais nomes desse estilo são porto-riquenhos. Responsáveis também pelo sucesso que o ritmo alcança em várias partes do mundo.

No começo da década de noventa o ritmo crescia longe do apoio das gravadoras. Estúdios improvisados e fitas cassetes garantiam a distribuição das músicas entre os jovens. A primeira dessas fitas se chamava “Playero 37” e contava com a presença de vários artistas, entre eles Daddy Yankee, até hoje um dos nomes mais conhecidos do gênero. Atualmente a realidade é bem diferente. O reggaeton saiu dos guetos para se tornar o estilo musical que mais movimenta dinheiro na ilha.

Uma de suas marcas é a tiraera, comum também no rap. Guerras verbais entre músicos, que se provocam nas letras de suas canções e em seus shows. Provocação que muitas vezes não passa de teatro, mas que garante bastante atenção do público e da mídia. Na época de seu surgimento, o conteúdo das letras do reggaeton era repleto de preocupações sociais, mas hoje é bem menos engajado.

A conotação sexual e violenta de muitas composições motiva várias críticas. Assim como a base musical das canções, considerada repetitiva. Somamos a isso a dança utilizada nos bailes do ritmo: o perreo. A palavra é derivada de "perro", cachorro em espanhol. E os movimentos do perreo têm um conotação bem sexual.

O fato é que muitos músicos do gênero ocupam uma posição importante no cenário latino-americano, assim como o próprio reggaeton. Mais textos sobre o ritmo e alguns de seus representantes estarão no nosso blog nas próximas semanas.
 
Psicografado por Tiago Capixaba | Permalink |


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