segunda-feira, setembro 01, 2014
O sonho bárbaro da casa própria
Após alguns anos publicando como um blog no site do jornal O Tempo, finalizamos nossa parceria.

Desde então, estamos no ar em endereço próprio:
  www.invasoesbarbaras.com.br

Se você chegou aqui por algum mecanismo de busca, não deixe de nos visitar. Lá, mantemos a salvo boa parte de nosso conteúdo em textos, além de novos especiais e, finalmente, da publicação habitual dos nossos programas de rádio para streaming ou download.

Apareça por lá e nos dê um alô!

Saudações bárbaras!
 
Psicografado por Invasões Bárbaras | Permalink | 0 comentário(s)
domingo, janeiro 04, 2009
De mudança!
Início de ano, expectativas renovadas e um clima perfeito para novidades. O Invasões Bárbaras entra em 2009 com blog novo e é no portal O TEMPO Online que vamos continuar nossa caminhada, mostrando as tais músicas para derrubar o império. Em breve o domínio invasoesbarbaras.com.br será redirecionado para nosso novo espaço.

Enquanto isso você pode clicar aqui para ver nosso conteúdo na casa nova.

Bem, é bom aproveitar a mudança para explicar um pouco da nossa proposta. O império em questão tem seu idioma oficial, fato evidenciado pelo predomínio de canções cantadas em língua inglesa em nossas rádios. Ouvimos basicamente, além de canções brasileiras, músicas vindas dos Estados Unidos e da Inglaterra. Ancorado na lógica de distribuição das grandes gravadoras, o fenômeno tem alcance global e o inglês aparece quase como um pré-requisito para o sucesso.

E nos outros países? Existe som por lá? A noção, de modo geral, é superficial e muitas vezes estereotipada. Mas um olhar mais atento nos mostra que o resto do mundo não é mudo, nem surdo.

Da vizinha Argentina ao distante Uzbequistão, a riqueza musical se faz presente, escondida em um obscuro vazio midiático. Pesquisa profunda é a arma do Invasões Bárbaras para mostrar um pouco desse lado. Neste espaço, vão circular bandas, sons e estilos musicais e esperamos também a contribuição do internauta para continuar aprendendo.

E é sempre bom ressaltar, que nossa proposta nada tem de anti-americanismo. Não estamos aqui para levantar bandeiras contra consumo, capitalismo... Também não temos nada contra o inglês. Ouvimos músicas cantadas no idioma da Rainha e ele é extremamente útil em nossas pesquisas. A proposta é muito simples: é uma questão de diversidade e de liberdade.

O início de tudo

O projeto surgiu na UFMG, em 2006, e ganhou forma pelas mãos e vozes de quatro estudantes de Comunicação Social. Os comunicólogos, hoje formados, Hidson Guimarães (Publicitário), Igor Costoli (Jornalista e Radialista), Tiago Capixaba (Jornalista e Radialista) e Vetrô Gomes (Jornalista e Radialista) concluíram a graduação com a idéia transformada em projeto de fim de curso.

Nas ondas da rádio UFMG Educativa (104,7 FM), o Invasões Bárbaras se materializou como programa de rádio em junho de 2006. Depois se seguiram investidas na TV, discotecagem em festas de Belo Horizonte e o nosso blog, que agora passa a funcionar aqui no TEMPO Online.

Cenas dos próximos capítulos

Uma semana de estréia recheada de atrações, já no novo endereço. Tiago Capixaba fala de rock mexicano, Vetrô Gomes desvenda os mistérios da Ásia, Hidson Guimarães tira as sombras da música italiana. Igor Costoli posta direto da França, com novidades sobre a música de lá.

E teremos também pitadas de tango, com nossa estagiária Maisa Gontijo. Nossa equipe ainda tem Adriana Costa e Bernardo Xuxa que guardam surpresas para as próximas semanas.
 
Psicografado por Tiago Capixaba | Permalink | 1 comentário(s)
terça-feira, novembro 25, 2008
Ho, ho, ho!!!
O fim do ano chega, Papai Noel invade os shoppings e a necessidade de comprar fica ainda mais irresistível. Luzes, cores, preços e nada de crise, ao menos aos olhos de alguém que não acompanha a velocidade da ganância dos donos do mundo.

E o Bom Velhinho também exerce influência sobre os fornos musicais ao redor do globo, afinal lançar álbuns nesta época do ano se torna assaz interessante. O importante é lançar o cd depois da metade da temporada. Setembro e outubro são boas pedidas.

Assim, ainda sobra algum tempo para as canções tocarem nas rádios, ficarem na cabeça e forçarem aquela ida às lojas. Um cd do Rappa pro filho, um do Skank pra filha, um do Roberto Carlos pra esposa. Você fica feliz e quem sabe, no fim das contas, ainda recebe as raridades de Zezé di Camargo e Luciano.

Hum...

Parece ácido, mas não, a intenção aqui passa longe de bandeiras anti-consumo e de crítica ao capitalismo. O Invasões Bárbaras e toda a carga ideológica (??) por trás das "músicas para derrubar o império" nada têm de movimento militante em prol da expropriação dos latifúndios musicais anglófonos condensados pelo planeta (!!). É só pra diversificar mesmo. Simples assim.

Diante da banca de cds piratas da esquina e da "mulinha" insinuante a sua frente, nada mais exótico do que comprar um álbum lá na loja. Bem, mas é pra ajudar que estou aqui. Dicas para você surpreender na festinha da firma.
Tome nota:


Los Pericos - Pura Vida
A banda argentina lançou seu 14° álbum em setembro e parece ter recuperado muito de suas raízes regueiras. Aposta para emplacar alguns hits no verão latino e por que não, aqui também no Invasões. Com presença anterior no Conversões, deve sobrar espaço pra eles no Saído do Forno. Pra comprar, presentear e pedir emprestado pra curtir naquelas férias na praia.



Cartel de Santa - Cartel de Santa IV
O vocalista Babo deixou a prisão após quase dez meses e foi direto para os estúdios. As composições brotaram na cadeia e levaram o Cartel a mais um álbum de inéditas. Aqui ainda ficam algumas lembranças dos bons tempos. Este fica reservado pra um grande amigo.



Aterciopelados - Rio
Os colombianos celebram a natureza com a mesma suavidade e riqueza sonora do álbum anterior. Nada de Rio de Janeiro, o rio em questão é o de Bogotá e a sua recuperação é algo que ecoa nas letras do rock alternativo, cheio de influências, produzido pela banda. Disco bem novo, de outubro, mas que já chega aos ouvidos de algumas pessoas também aqui no Brasil.


Calle 13 - Los De Atrás Vienen Conmigo
O duo de Porto Rico, figurinha carimbada aqui no blog, volta com mais um álbum de inéditas. Residente e Visitante emplacam 16 faixas, com hip hop, reggaeton e várias participações especiais. Uma delas ganhará uma postagem exclusiva ainda nesta semana. Lançado em outubro, é uma boa pedida para aqueles que querem ampliar seu vocabulário em espanhol.


Fotos dos álbuns: sites oficiais das bandas
Papai Noel Punk: magnando.blogspot.com
 
Psicografado por Tiago Capixaba | Permalink | 3 comentário(s)
quarta-feira, novembro 19, 2008
Jour de Chance
Quando levamos o último cd do Vive La Fête pro nosso radiofônico Saído do Forno, martelamos um bocado na tecla da evolução sonora da banda.

Em termos práticos, os anos têm feito bem a todo o grupo, que parece cada vez mais redondinho, mais entrosado. Os elementos sonoros se equilibram, mesmo quando parecem desencontrados para efeito de contraste.

Em termos teóricos, o Vlf silenciosamente troca de rótulo a cada álbum, mas não avisa ninguém. Já se definiram como electropop, electro-safado e kitsch pop. E desde 2007, com este Jour de Chance, flertam - e muito bem - com o electrorock.

O maior peso às guitarras tornou o som da banda mais caloroso, e mais próximo do que é nas apresentações ao público. É o que vemos em Bêtise, Mais e Aventures Fictives, onde o peso no som se mostra mais claro. O flerte rock também se voltou às baladas: La Route e, a ótima Love me, Please love me, um cover de Michel Polnareff que vale um futuro post à parte...

Mas as mudanças não tiram do Vive la Fête aquele que é seu grande mérito: fazer pular e dançar. De onde destaca-se as ainda melhores Je suis Fâchée e Tout Fou.


E assim encerramos nosso especial da banda belga, com este álbum todo doido para se ouvir em um dia de sorte.
 
Psicografado por Costoli | Permalink | 0 comentário(s)
sexta-feira, outubro 24, 2008
Desejo Negro
Que tal um pouco mais do Vive la Fête em Belo Horizonte?



No vídeo, a canção Noir Désir, ao vivo, encerrando a apresentação dos belgas antes do bis.

E fique atento que a nossa programação especial ainda não acabou...
 
Psicografado por Costoli | Permalink | 4 comentário(s)
terça-feira, outubro 21, 2008
Perfil - Vive la Fête
por Maísa Gontijo

Eu estou entre
O erotismo

A musica

Cigarros
Whisky

Desenhar

E transar com você

(Coucher avec toi)



Vinda de um país que possui três idiomas oficiais (a Bélgica), a banda de eletrorock mais badalada do momento escolheu a língua mais sexy do mundo (o francês) para compor suas letras de teor altamente erótico. Formado por Danny Mommens e Els Pynoo, o Vive La Fête é um duo que esbanja sensualidade nas músicas e performances ao vivo, e que conjuga influências do rock dos anos 80, por parte dele, e do pop francês por parte dela.



Ao contrário do que o nome da banda (Viva a Festa) possa sugerir, as músicas abordam majoritariamente temas como depressão, insegurança, brigas amorosas, além de muito sexo. A dupla apresenta-se com uma banda completa, composta por Mathias Standaert na bateria, Dirk Canto no baixo e Roel Van Espen nos teclados. O vocal fica por conta de Els e Danny, este responsável também pela guitarra. A batida e atitude roqueiras dão um calor ao som eletrônico, sendo que nos shows o rock é dominante, pelo fato de eles não carregarem laptops nem outros equipamentos de música eletrônica.


Outro elemento que chama a atenção na banda são os figurinos. As roupas extravagantes de Els e o excesso de maquiagem dos demais integrantes não negam a estreita relação do Vive La Fête com o mundo da moda. Além de Els ter sido modelo antes de se tornar cantora, foi o estilista Karl Legerfeld que impulsionou a carreira da banda ao convidá-la para tocar nos desfiles da Chanel, em 2002. Assim o VLF, que já tinha lançado dois discos (Attaque Surprise, em 2000 e Republique Populaire, em 2001), ganhou mídia e reconhecimento. De lá pra cá lançaram mais quatro discos, sendo Jour de Chance o mais recente. Este, ganhou uma versão remix, lançado no formato vinil.


Os músicos belgas, por sua proposta estética e musical, geraram grande identificação com a comunidade GLBT, sendo, inclusive, convidados a tocar na Parada Gay de São Paulo, em 2006. Isso casa bem com o multiculturalismo da trilíngüe Bélgica. Ainda assim, o Vive La Fête não é uma banda de gênero, e seu sucesso está para além de grupos ou tribos: todos os que curtem um bom eletrorock devem conferir o som da banda, que está ganhando cada vez mais espaço no cenário musical mundial.

Fotos: www.vivelafete.net
 
Psicografado por Costoli | Permalink | 2 comentário(s)
sexta-feira, outubro 17, 2008
Noite Branca
Hier soir c'etait une fête
C'etait tellement fantastique

Quando a cortina da Roxy se abriu na última quarta, e os primeiros aplausos receberam os belgas que subiam ao palco, começava uma noite especial. Um grande, belo e simpático sorriso agradecia a recepção e dizia suas primeiras palavras em português. Pela primeira vez, Belo Horizonte trocava olhares e palavras com a banda Vive la Fête.

Tous les jour des fêtes!
Oui, c'est excentrique
O duo formado pelo casal Els Pynoo e Danny Mommens já tocou no Brasil em outras oportunidades, mas esta foi a primeira vez que a capital mineira pôde ouvir o som da banda, que conta ainda com os músicos Dirk Cant (baixo), Matthias Standaert (bateria) e Roel Van Espen (teclados). Que abriram a noite com versos que já se tornaram clássicos.

Je dis 'Vive La Fête'!
Pour etre héroïque

O setlist, ao contrário do que se pensava, não se concentrou no último álbum, Jour de Chance, de 2007. O show teve dois nortes claros - fazer dançar, e olhar a trajetória da banda. O VLF fez , então, uma equilibrada seleção em que não faltaram clássicos (Nuit Blanche, Noir Désir, Touch Pas) nem canções recentes (Quatsch, Il Pleut).

J'ai toujours le problème
Je ne veux jamais arreter

O evento foi promovido pela Chilli Beans, que fez do casal de namorados garotos-propaganda de uma nova coleção. Els começou como modelo, por isso tais convites devem ser rotineiros: é normal que o mundo da moda sinta falta de sua beleza.Mas quando a loira está à frente da banda, com sua imensa presença de palco, é fato: ela faria ainda mais falta na música. O VLF não veio apenas cumprir contrato em BH. Apresentou-se com vontade, sem "protocolo", não economizaram animação, e proporcionaram um grande espetáculo para os presentes. Prova de que a banda é aquilo que canta em suas letras.
 
Psicografado por Costoli | Permalink | 2 comentário(s)