Após o acerto entre os roteiristas e a administração, o Blog do Invasões Bárbaras volta... Ainda não com tudo, devido às férias coletivas, mas fazendo o que pode com o que se tem.

Terça: Vetrô Gomes fala, finalmente, de Taufik Batisah, estrelinha da Terra dos Leões.

Quarta: Hidson Guimarães inaugura oficialmente a temporada de música italiana aqui no blog. Pra começar, o punk rock animado do Persiana Jones.

Quinta: Vetrô Gomes acata idéia de Raquel Freitas e escreve sobre a expatriada Mayra Andrade

Sexta: Hidson Guimarães comenta a letra da canção mais latina da Bélgica: De Limburg Limbo, da banda De Nieuwe Snaar

E vamos que vamos, tentando não parar por causa de mais uma greve. Até semana que vem.

Ao menos essa foi a opinião dos jurados do Grammy Latino. A banda venezuelana Voz Veis ganhou o prêmio e deixou alguns figurões para trás, como Orishas, Calle 13 e Maná. Um feito e tanto, que valeu um dos prêmios mais cobiçados da premiação latina.



E qual a opinião de vocês, caros leitores e amigos de blog. Aprovam a escolha?

Dois alunos da Universidade de Cape Town, África do Sul, apresentavam-se no Observatory, subúrbio excêntrico da cidade. Aron, tecladista e estudante de artes cênicas e Simon, flautista e aluno de música clássica. Zolani, colega de curso de Aron, que assistia ao pequeno show, se empolgou, subiu ao palco e improvisou um vocal.

Freshlyground nasceu assim e cinco anos após o lançamento de seu primeiro álbum (Jika Jika) há quem diga que a banda está revolucionando o cenário musical sul-africano. Isso porque em um país ainda marcado pelo apartheid e com nada menos que 11 línguas oficiais, os gostos musicais são tão diversos quanto as etnias que o compõe.

Talvez o segredo de Freshlyground seja a mistura de músicos com histórias e origens tão distintas. Zolani, a vocalista da pequena cidade de New Brighton; Pete, o baterista de classe média judaica e ex-estudante de direito; Aron, o tecladista que cresceu em uma fazenda no semi-deserto de Karoo; Kyla, a violonista da grande Joanesburgo; Simon, saxofonista e flautista clássico do Zimbábue; Julio, o guitarrista de Moçambique e Josh, o baixista com passado militar. O resultado? Uma banda rica e diversa o suficiente para encantar o mais variado público.

Aos instrumentos básicos de qualquer banda, se juntam o violino, o saxofone e a flauta e também o mbira, instrumento típico do Zimbábue e a energia de Zolani que intercala o inglês e o xhosa, sua língua materna, nas canções. O som pode ser bem African beat, meio indie, ou até mesmo meio pop, daqueles que a gente escuta batendo o pezinho no chão. Você confere o clipe de Nomvula, que é a faixa-título do primeiro CD e que já pertence à linha meio lounge da banda.

A primeira vez que a sul-coreana Youn-ha Go (고윤하) apareceu no invasões foi durante a semana Japão, com seu primeiro hit astronômico Cometa (Houki boshi/ほうき星). E você pode estar se perguntando: “Por que colocar uma sul-coreana na semana Japão?”. Bem, a história é que desde bem cedo, a pequena Younha sempre quis fazer sua carreira no país do sol nascente.

Com apenas 16 anos, ela conseguiu lançar seu primeiro single “Yubikiri” (ゆびきり) ainda na Coréia. Sete semanas depois, alguém no Japão já tinha ouvido a música, usado numa novela e contratado a menina para ser a mais nova sensação japonesa nascida na Coréia do sul.

Younha chegou a figurar no top 20 da Oricon, uma parada de singles, álbuns e clipes mais vendidos no Japão. Em 2005, ela lançou seu primeiro cd japonês, o “Go! Younha” e tudo eram flores em sua vida.

Mas e a Coréia?

Bem, as coisas não iam bem no Japão. O encantamento inicial que os japoneses tiveram por Younha estava acabando e, assim sendo, ela lançou o single “Audition” em sua terra natal. A receptividade foi boa e 3 meses depois o cd “The Perfect day to say i love you” (고백하기 좋은 날/ Go Baek Ha Gi Joh Eun Nal) era lançado.

O que esperar de um cd que se chama ‘O dia perfeito para dizer eu te amo’? Músicas românticas, lógico. E é exatamente isso que a sul-coreana nos entrega. São 13 faixas e a unidade do disco está no tema: O amor. Seja na forma de rock leve, ou de baladas mais lentas, Younha demonstra seu talento musical. O Piano, marca característica da cantora, está presente em todas as faixas. Destaques para Delete, Password 486 (비밀번호 486) e Fly, para quem gosta de rock e Child - I Cry (꼬마 - I Cry), Just Today (오늘만) e Innermost Feelings (속마음) se você é baladeiro.

O cd agradou bastante os coreanos que o levaram para o topo de sua parada. Além disso, no dia 17 de novembro de 2007, Younha foi agraciada com o Prêmio de Revelação do ano no MKMF (Mnet Korean Music Festival). Para finalizar, deixo abaixo o clipe de Password 486, clipe que marca o retorno da menina com novo visual e dando seu primeiro beijo.

Depois da greve dos roteiristas e do recesso das festas, estamos de volta com muito mais conteúdo para você.

Terça: Vetrô Gomes fala sobre o último CD de Younha, a coreana precoce.

Quarta: Hidson Guimarães encontrou uma coletânea da Banda Duman, da Turquia, e a dedica para Igor Costoli.

Quinta: Tiago Capixaba resenha o cd "Oye", da banda Aterciopelados, da Colômbia.

Sexta: Igor costoli resenha o cd "Kings and Queens" da Fanfare Ciocarlia, da Romênia.

Sábado: Adriana Costa se aventura pela África do Sul e nos traz um texto sobre a banda Freshlyground .

Domingo: Juliana Deodoro completa a trindade do fado com um texto sobre Amália Rodrigues.

Agora vai. Até semana que vem.